Alagoas tem segunda menor mortalidade de pacientes com Covid-19 intubados do país
Estado apresenta ainda maior recuperação do Nordeste, com 58 a cada 100 pacientes intubados se curando em abril
Entre os pacientes que contraem Covid-19, têm seu quadro de saúde agravado e precisam de intubação, Alagoas é o segundo estado com mais chances de recuperação e sobrevivência de todo o país. Os dados, compilados e analisados pela Agência Tatu, foram coletados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Ministério da Saúde.
Os dados mostram uma melhora nas chances de sobrevivência para pacientes que precisaram passar por procedimentos de ventilação mecânica no estado. Em abril de 2021, Alagoas chegou ao índice de mortalidade de 42% em pacientes que precisam passar por procedimentos invasivos de oxigenação. Isso significa que a cada 100 pacientes graves que precisam ser intubados, 58 sobrevivem.
Alagoas é ainda o estado do Nordeste com as maiores chances de sobrevivência dos pacientes intubados. De todo o país, fica atrás apenas do Mato Grosso, que tem uma mortalidade de 36,8%.
Em 2020, Alagoas esteve no topo do ranking dos estados, com a pior taxa de mortalidade entre pacientes intubados do Brasil. Há um ano, em abril do ano passado, o estado tinha uma taxa de mortalidade de 92%; em maio o índice chegou a 93%. Ou seja, a cada 100 pessoas intubadas em maio de 2020, apenas 7 saíram do hospital com vida.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o trabalho em Alagoas sempre foi pautado pela ciência e afirma que o planejamento e organização da rede hospitalar foram fundamentais para salvar quase 10 mil pacientes.
A pasta informou ainda o número de leitos disponíveis no estado e reiterou que não há desabastecimento dos medicamentos utilizados na intubação. “Alagoas dispõe de 1.411 leitos exclusivos, sendo 383 leitos de UTI, 57 leitos intermediários, 971 leitos clínicos, e 440 leitos com respiradores. O estado conta, atualmente, com hospitais modernos e equipados para conseguir atender os pacientes que são regulados para tratamento da Covid-19. Além disso, as equipes médicas e multidisciplinares que atuam nas unidades hospitalares são capacitadas no atendimento”, conclui a nota.