[Vídeos] Frascos de Coronavac não estão chegando com as 10 doses completas, denuncia secretária de Saúde
A médica infectologista concedeu entrevista exclusiva ao Portal 7 Segundos na manhã desta quarta-feira (5)
![[Vídeos] Frascos de Coronavac não estão chegando com as 10 doses completas, denuncia secretária de Saúde](https://img.7segundos.com.br/tR3ecYXdmIeKUm_oSlQsgbE8zFc=/1110x650/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/f21810b3bdf2cc7d59a1e89cdfe1529f-l.jpg)
A Secretária de Saúde de Arapiraca, médica infectologista Luciana Fonseca, concedeu entrevista exclusiva ao Portal 7 Segundos na manhã desta quarta-feira (5), onde falou sobre o processo de vacinação na cidade. Dentre os assuntos abordados, a profissional de saúde denunciou que os frascos de Coronavac não estão chegando completos.
De acordo com a secretária municipal, o problema tem sido percebido nas últimas duas remessas de imunizantes que chegaram ao município, e que os frascos que deveriam conter 10 doses estão rendendo apenas 8 ou 9 doses.
"As primeiras doses de Coronavac que chegaram a Arapiraca eram individuais. Depois o imunizante chegou em frascos com 10 doses cada, mas ultimamente temos registrados perdas de doses, pois nas últimas remessas os frasquinhos estão contendo apenas 9 doses. E na última remessa teve frasco que em vez de vir com 10 doses veio com oito", relatou a responsável pela Saúde de Arapiraca.
Ainda segundo a secretária, em apenas uma remessa da Coronavac, mais de 1.000 doses do imunizantes foram perdidos por frascos incompletos.
Confira o trecho da entrevista da secretária Luciana Fonseca:
De acordo com a coordenadora de Doenças Imunopreveníveis de Arapiraca, enfermeira Mônica Suzy, o Governo de Alagoas já foi notificado sobre o problema.
Extraoficialmente, o Portal 7 Segundos foi comunicado que outros municípios alagoanos também tem registrado o mesmo problema de frascos incompletos do imunizante produzido pelo Instituto Butantan.
Não foram só os municípios alagoanos que registraram perdas de doses. Após testes, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que não é possível extrair 10 doses da Coronavac de alguns frascos. Junto ao Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosens-RS), o Estado questionou o Instituto Butantan e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto.
Na ocasião, a Anvisa informou que os diversos relatos estão sendo investigados.
Butantan nega problemas de envasamento
O Portal 7 Segundos entrou em contato com o Instituto Butantan solicitando esclarecimentos acerta dos relatos feitos tanto pela prefeitura de Arapiraca quanto pelas outras cidades Brasil a fora. Em resposta, foi informado de que o conteúdo de cada frasco é superior aos 5 mililitros, mais que suficientes para a aplicação de dez doses da Coronavac.
Ainda segundo o Instituto, em todas as investigações feitas até o momento sobre o mesmo assunto, foi constatada prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação.
Confira a nota oficial abaixo:
O Instituto Butantan informa que cada frasco da vacina contra o novo coronavírus contém nominalmente 10 doses de 0,5 ml cada, totalizando 5 ml, e adicionalmente ainda é envasado conteúdo extra, chegando a 5,7 ml por ampola.
Esse volume, devidamente aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é suficiente para a extração das dez doses. É importante que os profissionais de saúde estejam capacitados para aspiração correta de cada frasco-ampola, além de usar seringas e agulhas adequadas, para não haver desperdício.
Todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação. Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan.
Além disso, inspeção da Vigilância Sanitária realizada no último dia 20/4 não encontrou nenhuma inadequação na linha de envase da Coronavac.
O Butantan realizou por meio de seus canais de comunicação informes técnicos no sentido de orientar os profissionais da saúde a usar as doses extras. Reforçamos que todas as investigações pertinentes foram feitas e todos os controles realizados nos lotes liberados foram avaliados. A conclusão encontrada, e já dividida com a Vigilância Sanitária, é que não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes por parte do Instituto Butantan. Na verdade, trata-se de uma prática incorreta no momento do uso das doses.
É essencial que tais profissionais sigam as orientações e práticas adequadas, no intuito de evitar perdas durante a aspiração da vacina. Seringas de volumes superiores (ex: 3ml, 5ml), podem gerar dificuldades técnicas para visualizar o volume aspirado, uma vez que podem não possuir as graduações necessárias. Outro fator decisivo é a posição correta do frasco e da seringa no momento da aspiração.
O Instituto Butantan vem atuando juntamente aos gestores envolvidos na campanha de vacinação no intuito de orientar cada vez mais os profissionais responsáveis pelas aplicações das doses. Veja vídeo explicativo:
Últimas notícias

Lula nomeia Guilherme Boulos para Secretaria-Geral da Presidência

Petrobras reduz preço da gasolina em 4,9% para distribuidoras

Mãe vive angústia há oito dias com desaparecimento da filha e da neta em Rio Largo

PC fala sobre investigação de caso de mãe e filha desaparecidas

Leonardo Dias destaca necessidade de políticas públicas no enfrentamento à mendicância infantil

Júri condena genro a 31 anos de prisão por matar sogra e esconder corpo em geladeira
Vídeos e noticias mais lidas

Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto

Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável

Colégio Santa Cecília esclarece denúncia sobre telhado caindo na unidade em Arapiraca

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'
