Além de Arapiraca, outras cidades do interior também relatam diminuição de doses nos frascos da Coronavac
Instituto Butantan alega que o problema é no manuseio das doses pelos técnicos na hora da vacinação
Na última semana, a secretária Municipal de Saúde, médica infectologista Luciana Fonseca, denunciou que os frascos da vacina Coronavac que estavam chegando a Arapiraca não rendiam dez doses, como os primeiros, o que estaria prejudicando a imunização da população local.
Na ocasião, o Portal 7 Segundos conversou com a assessoria de comunicação do Instituto Butantan, que encaminhou uma nota informando que o conteúdo de cada frasco é superior aos 5 mililitros, o que seria mais que suficiente para aplicação de dez doses da Coronavac. O Instituto atribuiu o problema, a extração incorreta das doses nos serviços de vacinação.
Levando em consideração a grave denúncia feita pela responsável pela Saúde de Arapiraca, a equipe de reportagem do Portal 7 Segundos entrou em contato com outros municípios referência nas regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco e todos os que foram indagados foram unânimes em relatar exatamente o mesmo problema de Arapiraca.
De acordo com a assessoria de comunicação da cidade de Delmiro Gouveia, localizada no Sertão alagoano, dos quatro frascos abertos nessa terça-feira (11), apenas um deles veio com as dez doses. Os outros três vieram com apenas nove.
O mesmo problema foi registrado em Penedo, cidade do Baixo São Francisco alagoano. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, não houve diminuição na remessa aplicada nesta terça-feira, mas nas últimas remessas que chegaram à cidade anteriormente, sim. Segundo os técnicos da vacinação da cidade ribeirinha, alguns frascos continham 8 e outros 9 doses do imunizante.
No Agreste, a cidade de Palmeira dos Índios também relatou inconsistência na quantidade de doses contidas em cada frascos. Diferente do relatado por outras cidades, na cidade agrestina, alguns frascos contém nove doses, outros dez doses, e alguns, mais raros, com onze doses.
Até a capital alagoana, Maceió, também tem enfrentado problemas com os frascos da Coronavac. Além do atraso no recebimento de novas doses, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, o volume presente nos frascos também não são suficientes para a aplicação das dez doses.
O Portal 7 Segundos também entrou em contato com as assessorias de comunicação das cidades de Coruripe, localizada no Litoral Sul de Alagoas, e Santana do Ipanema, no Sertão, mas até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta.
Problema continua
A Prefeitura de Arapiraca retomou, nessa terça-feira (11), a aplicar as doses da Coronavac na população que estava com o intervalo atrasado. Nossa equipe de reportagem esteve no posto de vacinação localizado no Sesc e conversou com a coordenadora de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Mônica Suzy, que reforçou que os frascos dessa nova remessa recém chegada também apresentam inconsistências no volume. Confira:
O Portal 7 Segundos entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se o órgão já abriu algum tipo de investigação acerca dessa problemática, tendo em vista que este problema não é exclusivo das prefeituras alagoanas e que há algumas semanas já vem sendo divulgado a nível nacional. Até o final desta reportagem, a Anvisa não encaminhou resposta.
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