Relações amorosas: falta de diálogo é um dos principais conflitos entre casais, segundo psicóloga
A falta de diálogo acertivo pode fragilizar o relacionamento entre o casal
Enquanto muitos idosos aproveitaram o Dia dos Namorados para celebrar a longevidade de seus casamentos - como Dona Maria e Seu Sebastião, que estão há 58 anos juntos - atualmente a maioria dos relacionamentos parecem ter prazo de validade. No Brasil, o casamento civil dura uma média de 13,8 anos, conforme estudo feito pelo IBGE em 2019. A partir da pandemia houve uma queda de 0,5% no número de divórcios no país, já o número de casamentos caiu 2,7%, conforme levantamento.
Os conflitos que levam ao rompimento das relações amorosas têm vários motivos, um deles surge porque com grande frequência, os parceiros idealizam o outro, aquele modelo de perfeição que não existe. Quando a fase da paixão passa, e começa a enxergar os defeitos, os conflitos tendem a ficar mais recorrentes.
Há também os casais que enxergam as diferenças e as imperfeições do parceiro (a) mas acreditam fielmente que quando casar vai mudar. Mas a tendência é exatamente o contrário- na maioria dos casos os padrões comportamentais ficam mais evidentes.
Mas nem tudo está perdido. Há esperança no fim do túnel! E antes que esses conflitos terminem em divórcio e necessário aplicar a estratégica ideal para buscar o equilíbrio dessa relação.
Para entender como funcionam essas estratégias, o Portal 7Segundos entrevistou a psicóloga comportamental e especialista em relacionamento amoroso Valdenice Guimarães para entender como essas estratégias funcionam.
A terapeuta de casais afirma que o o desentendimento nas relações afetivas pode ocorrer por vários fatores, dentre eles, a Comunicação Inassertiva.
Valdenice Guimarães explica que a inassertividade é quando o diálogo que existe entre o casal é baseado em críticas, desvalorização, apontar os defeitos.
"Os casais precisam relembrar os tempos do namoro, onde eram ditas palavras amorosas, o ato de presentear, o beijo ardente, e o sexo com mais paixão", aponta a terapeuta.
A terapeuta afirma que quando duas pessoas decidem compartilhar uma vida em comum é fundamental que se faça um planejamento de vida para que os dois sigam com o mesmo objetivo.
"O amor por si só não sustenta uma relação. Você pode até amar a outra pessoa mas se você não respeita, não transmite confiança, não entende o outro, essa relação está fragilizada e não vai se sustentar", afirma.
A terapeuta diz que muitos casais chegam ao consultório prestes a assinar o divórcio, mas na maioria dos casos, essa situação é revertida. Nas sessões de terapia o casal começa a entender que não é a falta de amor que está destruindo a relação dos dois.
Tem caso que a individualidade de cada um na relação não é respeitada e isso pode gerar um problema. É preciso que cada um conheça o outro e entre num consenso para não fragilizar a relação.
"A fase mais fácil de um relacionamento é a conquista. A mais difícil e a manutenção dessa relação, a qualidade de tempo que a pessoa dedica para fazer o outro feliz. Amor é uma construção diária", finaliza Valdenice Guimarães.
Mais informações sobre esse tema e outros relacionados ao comportamento humano pode entrar em contato com a psicóloga Valdenice Guimarães na Clínica Climeo localizada à Rua Fernandes Lima, 321 C - primeiro andar, sala 10, em frente a Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima.