'Faria de novo', diz pedreiro que resgatou cachorro no lago de Iacanga em manhã com 3ºC
Renato José Gonçalves viu pedido de ajuda em uma live e foi até o local; ele retirou o animal da água
O pedreiro José Renato Gonçalves, de 47 anos, afirma que não pensou duas vezes para entrar no lago municipal de Iacanga (SP), com os termômetros marcando 3ºC, para salvar um cachorro que ficou ilhado no local nesta quarta-feira (30).
O morador conta que acorda muito cedo para trabalhar e ao utilizar o celular viu que um radialista da cidade compartilhou o pedido de ajuda para quem tivesse um caiaque e pudesse ajudar no resgate do cão. Ao ver a notícia, ele foi até o rancho da família, pegou o caiaque e foi até o lago ajudar, sem se importar com a menor temperatura registrada na cidade.
"Eu trabalho como técnico de edificações e construtor aqui na cidade e acordo muito cedo. Abri o celular e vi que um radialista da cidade tinha compartilhado uma live. Ai ele disse que precisava de um caiaque."
"Então eu levantei e fui, porque estava muito frio. Eu tenho dois caiaques em casa e pensei 'poxa, eu tenho que ajudar'. Então eu corri e peguei nossos caiaques que estavam no rancho e fui pra lá."
A live era do empresário Fábio Bueno, que foi o primeiro a ver o cachorro dentro do lago, por volta de 5h30 (veja o vídeo abaixo). Fábio conta que voltou ao local e, ao ver o cachorro, decidiu fazer live no Facebook para pedir ajuda e resgatá-lo, já que ele não tinha equipamentos e era preciso medir a profundidade.
"Eu voltei e vi o cachorrinho ilhado. Tentei chamar e ele não via. É um pouco fundo e tem que saber entrar. Como eu estava sem recurso fiz a live pra pedir para alguém ir com o caiaque ajudar", diz Fábio.
José Renato lembra que o cachorro estava na parte assoreada do lago e não diretamente na água, e que estava assustado com o remo que o técnico em edificações trazia, mas ele conseguiu acalmar o animal e fazer o resgate.
"Não dava pro caiaque entrar, porque tem uma parte do lado que é muito rasa. Então, com o remo, eu fui medindo a profundidade, vendo onde dava pé para entrar na água. O cachorrinho estava por cima de onde o rio está bem assoreado. Mas ele tinha medo porque eu estava com o remo na mão e ele corria. Aí joguei o remo, agradei ele e o trouxe de volta. Foi tranquilo. Eu faria de novo", diz.
Depois do resgate, Renato disse que precisou ir rapidamente para casa, pois estava muito frio e ele acabou se molhando da cintura para baixo até conseguir pegar o cachorro.
Já Fábio e a esposa providenciaram banho e tosa ao cão logo após o resgate. A dona do animal foi até a casa buscá-lo após ver a repercussão nas redes sociais e contou que ele saiu e deve ter se perdido.
"Na hora que eu entrei na água não estava tão gelado, acho que por conta da adrenalina de querer salvar o cachorrinho. Mas quando sai da água ficou muito gelada e precisei ir rápido para a minha casa para conseguir me esquentar", relata José Renato.
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