Jovem viraliza na internet e arrecada quantia para estudar e jogar futebol nos EUA
Rodrigo Diniz, de 24 anos já havia recebido mais de cinco ofertas de bolsas esportivas de universidades americanas
Morador de Coroadinho, bairro humilde de São Luís, no Maranhão, Rodrigo Diniz já tinha recebido mais de cinco ofertas de bolsas esportivas de universidades americanas. Mas o sonho de estudar e jogar futebol nos EUA sempre esbarrava na falta de dinheiro para pagar os custos da viagem. Sem desistir do sonho, o jovem de 24 anos resolveu empreender e começou a vender sucos, brigadeiros e sacolés.
Não vinha tendo muito sucesso até que, no fim de junho, decidiu ir para um sinal perto de casa, tirou uma foto com uma placa resumindo sua trajetória e postou nas redes sociais, avisando que estaria ali para comercializar seus produtos. A história viralizou, e ele aproveitou para criar uma vaquinha online. Deu certo.
— Minha foto rodou o Brasil todo. Chegou até à Espanha, a Orlando (EUA). Foi surreal. Estou aqui sem conseguir processar isso tudo — festeja Digão, como é conhecido, que arrecadou R$ 21 mil, quatro vezes o valor que pretendia inicialmente.
Vai poder arcar com os R$ 5 mil para obter a documentação exigida e ainda terá uma quantia para se manter no país enquanto estiver estudando na Everett Community College, em Washington. Ele conseguiu até um motorista de uber para levá-lo à faculdade quando chegar aos EUA.
— Um rapaz brasileiro chegou e disse: “ouvi tua história e quando você estiver chegando me ligue que vou ao aeroporto te buscar e levar” — conta Digão, terceiro dos quatro filhos de uma empregada doméstica e mãe solteira: — Agora falo para as pessoas que me procuram, perguntando se preciso de alguma coisa: “Não tenho mais o que pedir”.
Digão, que ganhou o apelido de Seedorf no campo de barro do bairro, sempre quis ser jogador profissional. Mas quase desistiu por duas vezes. A primeira foi aos 19 anos, quando atuava como zagueiro no Boa Vontade, de São Luís, e sofreu uma grave lesão: uma fratura na tíbia que o afastou do esporte por seis meses.
— Pensei que nunca mais fosse jogar — lembra ele, que acabou voltando.
E aí, veio a segunda vez. Foi quando recebeu a proposta de um intermediário para disputar o Cearense Sub-20 por um time que funcionaria como “vitrine”. A pessoa prometeu ajudar com os gastos em Fortaleza, onde ele foi morar num apartamento com cinco colegas. O dinheiro nunca chegou.
— O que passei lá vou levar para o resto da vida. Passei fome mesmo. Não sabia o que era fome. Meu peso sempre foi entre 80 e 82kg. Quando voltei para São Luís, estava com quase 70kg. Estava decidido a parar por tudo que passei lá — conta Digão, que não parou e hoje dá conselhos a quem está desiludido: — Eu me sabotei durante muitos anos. Tente vencer essa primeira batalha, que é contra você mesmo.
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