Justiça

Acusados de matar o jovem Hudson Melanias em 2019 vão a júri popular no dia 8 de fevereiro

O Tribunal do Júri seria realizado na próxima sexta-feira (19), no Fórum de São Sebastião, mas foi adiada adiado

Por 7Segundos 12/11/2021 16h04 - Atualizado em 12/11/2021 16h04
Acusados de matar o jovem Hudson Melanias em 2019 vão a júri popular no dia 8 de fevereiro
Hudson Melanias era filho do ex-secretário de Educação de Arapiraca, Jânio Melanias - Foto: Reprodução

O julgamento dos réus do caso Hudson Melanias, jovem assassinado em dezembro de 2019, foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Jackson de Souza Lima e Ednaldo Santos Silva, réus confessos do crime, iriam ao tribunal do júri na próxima sexta-feira (19), no Fórum de São Sebastião, Agreste alagoano.

O novo tribunal do júri foi remarcado para acontecer no próximo dia 8 de fevereiro de 2022.

A suspensão do julgamento se deu, segundo a assessoria de comunicação do TJ/AL, por causa da eleição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL). Confira a nota na íntegra:

O júri popular do réus José Edinaldo Santos Silva e Jackson de Sousa Lima, que estava marcado para acontecer no próximo dia 19, na Comarca de São Sebastião, foi suspenso devido às eleições da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Alagoas (OAB/AL).

A suspensão de atos e prazos processuais e adiamento de audiências no âmbito do Judiciário alagoano foi deliberada pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), no último dia 9, atendendo ao pedido feito pela OAB/AL.

Os réus são acusados de assassinarem Hudson Marques Melaneas, em dezembro de 2019. Ainda não foi definida nova data para o julgamento.

RELEMBRE O CASO

O corpo do jovem Hugo Melanias foi encontrado por populares na noite do dia 29 de dezembro, em uma plantação de mandioca no povoado Sapê, localizado na zona rural de São Sebastião, mas só no dia 2 de janeiro de 2020 ele foi identificado por familiares no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.

A vítima era filho do então secretário de Educação e Esporte de Arapiraca, professor Jânio Melanias.

De acordo com familiares de Hudson, o jovem tinha o costume de sair de casa e ficar alguns dias longe e, por isso, não estranharam sua falta durante as festividades de final de ano.

Após não conseguirem contato com ele, começaram a ficar bastante preocupados. Ao saberem que um corpo avia sido encontrado em São Sebastião, a família se dirigiu ao IML e, infelizmente, se tratava do jovem, que tinha 25 anos na época em que o crime aconteceu.

MOTIVAÇÃO

Após a prisão, os réus Jackson e Edinaldo, mais conhecido como Seninha, disseram, em depoimento, que o crime foi cometido após desentendimento entre eles e a vítima durante uma bebedeira.

Segundo o delegado Guilherme Iusten, os réus disseram que fingiram que a desavença havia sido resolvida e, viajaram com destino ao litoral, mas, ao passar por São Sebastião, levaram Hudson até um canavial e o assassinaram.

Em entrevista concedida à imprensa em janeiro de 2020, o delegado responsável pelo caso, Guilherme Iusten, informou que os criminosos já chegaram à delegacia confessando o crime.

"Havia prova cabal, então eles já chegaram confessando o crime com tranquilidade. Hudson foi encontrado com as mesmas vestimentas que utilizava enquanto estava bebendo com eles. Por causa de algumas palavras que foram proferidas pela vítima, decidiram ceifar a vida do mesmo", disse o delegado à época.

O corpo de Hudson foi encontrado em 29 de dezembro, no povoado Sapé, na zona rural de São Sebastião.