Um ministro de Madagascar, na África Oriental, sobreviveu a uma queda de um helicóptero que o obrigou a nadar 12h horas para encontrar socorro. Serge Gelle estava sobrevoando de helicóptero a área em que um naufrágio deixou ao menos 21 mortos, quando o equipamento caiu, segundo informaram hoje as autoridades portuárias do país. Ele e um outro homem chegaram à cidade costeira de Mahambo na manhã de hoje. 

No acidente que causou as buscas, um navio cargueiro não autorizado a transportar pessoas estava acima da capacidade e naufragou ontem no mar da costa nordeste do Madagascar. O acidente provocou ao menos 21 mortes e deixou 60 desaparecidos.

Sobrevivente de queda no mar, o general Serge Gelle, secretário de Estado da Polícia do Madagascar, estava em um helicóptero de buscas quando a aeronave caiu na noite de ontem. Ele estava acompanhando o primeiro-ministro Christian Ntsay, e o ministro da Defesa Nacional, general Léon Richard Rakatonirina, que viajou à região para supervisionar as buscas em helicóptero separado.

Gelle foi encontrado vivo na manhã de hoje, após nadar por quase 12 horas, junto a um mecânico que estava a bordo do mesmo helicóptero. As causas desse outro acidente ainda não foram apuradas. Outros dois passageiros que não tiveram nomes revelados continuam desaparecidos. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, Gelle aparece exausto deitado em uma espreguiçadeira, ainda com o uniforme camuflado.

"A hora de morrer ainda não chegou para mim", declarou ele, acrescentando que estava com frio, mas não havia sofrido lesões.

"Ele sempre mostrou muita resistência, no esporte, e a manteve mesmo como ministro, como se estivesse com 30 anos. Ele tem nervos de aço", afirmou Zafisambatra Ravoavy, outro general da polícia, em entrevista à AFP. Ravoavy informou que Gelle utilizou um dos assentos do helicóptero como boia.

No navio que desapareceu ontem e motivou a saída das autoridades com o helicóptero que naufragou, havia 130 passageiros viajando de Antanambe para Soanierana Ivongo. 45 deles foram encontrados com vida.

"As buscas estão em andamento para localizar os outros passageiros. Três barcos foram enviados para procurar", falou à agência Reuters Mamy Randrianavony, diretor de operações marítimas da APMF (Agência Portuária Marítima e Fluvial).

*Com informações da Reuters e AFP.