Idosa morre no Sertão após passar 6 dias aguardando transferência para leito oncológico em Arapiraca
Dona Juraci era paciente oncológica e realizava seu tratamento no Hospital Chama

A idosa Juraci Bezerra Guerra, de 68 anos, que estava internada há 6 dias no Hospital Regional Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema, morreu nesse domingo (2), enquanto aguardava um leito oncológico no Complexo Hospitalar Manoel André (Chama), em Arapiraca, onde ela fazia tratamento contra um câncer no colo do útero.
Familiares procuraram a imprensa sertaneja para acusar o hospital arapiraquense de recusar receber a idosa, mesmo esta sendo paciente recorrente no local.
A idosa deu entrada no Hospital de Santana do Ipanema no último dia 28 de dezembro, apresentando fortes dores e sem conseguir fazer suas necessidades fisiológicas. Segundo a família, ela precisava, com urgência, ser submetida a uma cirurgia para desobstrução intestinal.
À família, o hospital de Arapiraca teria informado que não tinha leito disponível para receber a paciente e nem tinha o médico especialista para a realização do procedimento cirúrgico.
Ainda segundo a família da idosa, o Hospital Chama chegou a informar que teria a possibilidade de realizar a cirurgia de dona Juraci, mas de forma particular, ao custo de R$30 mil, sem contar as diárias da internação.
"O que nos deixa indignados é que o próprio hospital em que ela é paciente e tem o cirurgião diz não ter responsabilidade com a paciente pelo simples fato de estar em observação em Santana", lamentou uma cunhada da idosa, que terá a identidade preservada.
Na tarde desse domingo (2), Dona Juraci foi submetida à cirurgia de desobstrução intestinal no próprio Hospital Clodolfo Rodrigues. Ocorreu tudo bem durante o procedimento, mas instantes depois da cirurgia, ela apresentou complicações e faleceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O Portal 7Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca, que é responsável pelas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) de toda 2ª Macrorregião de Saúde. O órgão informou que existe uma portaria que desabilita a porta de entrada de pacientes oncológicos em hospitais gerais.
Isso quer dizer que o paciente oncológico que está em tratamento e, por algum motivo, sofrer alguma complicação que não tenha sido motivada pelo tratamento - quimioterapia, radioterapia, etc -, ele deverá dar entrada em um hospital geral, como foi o caso da referida paciente.
"Mesmo assim, o caso será investigado pela Coordenação Municipal de Oncologia para entender melhor o que aconteceu e prestar os esclarecimentos necessários", disse a assessoria.
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