Agreste

OAB vai acionar mineradora e Prefeitura de Craíbas após aparecimento de rachaduras nas casas

Os moradores afirmam que, desde a instalação da empresa, eles têm sido afetados pelo barulho e pela poeira gerada pelas explosões que ocorrem na mina

Por 7Segundos com Assessoria 16/03/2022 16h04
OAB vai acionar mineradora e Prefeitura de Craíbas após aparecimento de rachaduras nas casas
Moradores denunciam problemas supostamente gerados após a instalação da Vale Verde na região Agreste - Foto: Assessoria

A Comissão de Meio Ambiente e Urbanismo da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) vai acionar a mineradora Vale Verde, a Prefeitura de Craíbas e a Defesa Civil após o aparecimento de rachaduras supostamente provocadas pela atividade de mineração na região Agreste. Integrantes do colegiado estiveram no município de Craíbas e ouviram relatos de moradores sobre problemas ambientais próximos à Mina Serrote.

Os moradores afirmam que, desde a instalação da empresa, eles têm sido afetados pelo barulho e pela poeira gerada pelas explosões que ocorrem na mina. As explosões, segundo os relatos, acontecem no período da madrugada e também estariam provocando rachaduras em imóveis residenciais, além de estar prejudicando a criação de animais e ocasionando prejuízos à saúde física e mental das pessoas que moram na região.

Rachaduras que teriam provocadas pelas explosões na área da Vale Verde. Foto: assessoria

A população afirma que, no momento de instalação da mineradora, houve divulgação do planejamento de desapropriar e indenizar os proprietários das casas que estão a uma distância de até 600 metros do perímetro da mina. Porém, segundo os relatos, apenas a área onde está sendo feita a exploração teria sido desocupada.

A OAB Alagoas foi acionada depois dos últimos protestos organizados por moradores. Estiveram presentes no município o presidente da Comissão Meio Ambiente e Urbanismo, Gilvan Albuquerque, além das advogadas Lorena de Medeiros e Cristina Reis, membros da comissão. No local foram identificadas fissuras e rachaduras em diversos graus, algumas com aparente risco iminente de desabamento, conforme fotos e vídeos registrados.

“A comissão tem feito e vai continuar fazendo o trabalho de oficiar os órgãos ambientais competentes para saber informações sobre a regularidade da mineradora e o cumprimento das condicionantes ambientais. Também iremos acionar a Prefeitura e a Defesa Civil, para que se manifestem e nos informem se foram provocados e quais medidas estão sendo tomadas para a proteção da população” explicou o presidente da comissão, Gilvan Albuquerque.