Estudo aponta que 79% das mulheres já fingiram orgasmo
Segundo a pesquisa Prazer Feminino, 42% das mulheres têm dificuldade de atingir um orgasmo, já 79% fingiram atingir o ápice do prazer

A sexualidade feminina é um tabu para muitas mulheres. Em pleno 2023, o assunto ainda é proibido, reprimido e visto com certa estranheza pela sociedade. Dados revelados na pesquisa Prazer Feminino, conduzida pela Hibou, mostraram que mais de 79% fingiram orgasmo. Desse total, 64% está em algum relacionamento e 97% já iniciou a vida sexual.
Ainda foi constatado que 10% das mulheres resolvem suas questões sexuais consigo mesmas e que está ótimo.
“Percebemos que a sociedade ainda tem grande poder quanto à sexualidade feminina. Muitas mulheres colocam seus parceiros à frente dos seus próprios interesses sexuais e buscam agradar ao outro”, observou a coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou, Ligia Mello.
Apesar de todo o tabu envolvendo a sexualidade feminina, Ligia percebeu uma mudança no cenário. “Mesmo com esse viés, já se observa um movimento em que elas estão se abrindo mais às novas experiências e se conhecendo melhor, ainda com uma preocupação sobre o que é dito por aí”, defende.
Fingir orgasmo é mais comum do que parece
De acordo com o estudo, 42% das mulheres afirmam que costumam ter dificuldade de atingir um orgasmo. As justificativas para isso estão entre terminar logo o ato (53%), agradar o parceiro (30%), evitar explicações (17%) e constrangimentos (15%).
Em relação à masturbação, 71% das mulheres afirmam que se masturbam praticam o ato e colhem os benefícios da prática, como o autoconhecimento e alívio de stress e tensões. Para elas, atingir o orgasmo é mais fácil, tanto que 96% afirmam terem orgasmos por meio da masturbação.
Embora seja uma prática saudável, dentre as 29% que não praticam, 62% não se sentem à vontade; 9% acham errado e 7% não sentem prazer. Vale ressaltar que a masturbação não é uma ação para se envergonhar e é indicada medicinalmente.
Rotina e mesmice consomem o desejo sexual
Na pesquisa, foi revelado que 30% das mulheres não estão satisfeitas com a sua vida sexual. Como justificativa, grande parte delas culpa a rotina (43%) e os horários e a disposição (32%). Além disso, a frequência das relações (41%) e a realização de fantasias (5%) são insatisfatórias para as entrevistadas.
A frequência da prática sexual é, em média, uma vez por semana para 51% das mulheres. Isso significa que elas transam com seus parceiros até quatro vezes em um mês. Para ¼ delas, a ação sobe para uma média de 5 a 9 vezes durante o mês.
Também constataram que 63% das mulheres gostariam de ter uma frequência maior de relações sexuais e, entre estas, 51% acredita que o cotidiano consome o tempo do casal, sendo o principal motivo por estarem transando menos do que gostariam.
Por fim, 24% das entrevistadas alegam terem perdido interesse em levar uma vida sexualmente ativa e 13% afirmam que os problemas no relacionamento têm influência nas relações sexuais.
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