[Vídeo] Bancos e financeiras de Arapiraca suspendem consignado por recusarem juros a 1,70%
Sem empréstimo consignado, mais de R$ 8 milhões deixam de circular no comércio de Arapiraca, prejudicando a economia local
A decisão de a equipe econômica do Governo Federal em baixar a taxa de juros do empréstimo consignado de 2,14% para 1,70% desagradou o mercado financeiro. Bancos e financeiras suspenderam o serviço para aposentados e beneficiários do INSS até o governo decidir negociar uma taxa viável com os bancos.
A decisão afetou a economia em todo o país. Em Arapiraca donos de financeiras, no Centro da cidade, falaram com o Portal 7Segundos sobre a situação e se mostraram descontentes com a decisão do governo.
Evandro Rocha trabalha no ramo de empréstimos há 15 anos e também suspendeu os empréstimo consignados. Segundo ele, a taxa de juros a 1,70% é inviável para emprestar dinheiro.
"Não temos condições de negociar com esta taxa muito abaixo do que é praticado e vamos aguardar uma solução entre os bancos e o governo. Estamos apelando também ao deputado federal Daniel Barbosa para que vote a favor do projeto de lei que tramita na Câmara contra a esta medida", disse Evandro Rocha. Ele afirmou ainda que "cerca de 70% do dinheiro do consignado é injetado no comércio de Arapiraca e sem esse dinheiro mais de R$ 8 milhões deixam de circular na economia local".
Outro empresário do ramo, Nelson Rafael, uma das saídas para não parar os serviços de empréstimos é realizar o empréstimo pessoal com débito em conta, mas os juros são bem mais altos.
"No empréstimo pessoal os juros variam de 15% a 25% e esta é a opção que podemos oferecer às pessoas que precisam do dinheiro e não podem fazer o empréstimo nos bancos, que têm uma série de exigências que as financeiras não têm e facilitam a vida do cliente", afirmou Nelson Rafael.
De acordo com informações do mercado financeiro, o governo do presidente Lula tem pressa em resolver esta situação ainda este mês, para que aposentados e pensionistas do INSS não fiquem sem opção de crédito e voltem a fazer empréstimos com juros mais baixos.
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