Em denúncia, MP afirma que Leandro Pinheiro matou Mônica Cavalcante de forma "fria e premeditada"
Promotor também pediu a prisão preventiva do acusado, que está foragido desde o crime
Leandro Pinheiro, acusado de matar a esposa Mônica Cavalcante, em frente ao Fórum de São José da Tapera no dia 18 de junho, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O promotor de Justiça Fábio Bastos Nunes, que analisou o inquérito da Polícia Civil classificou o denunciado como uma pessoa perigosa, que não temia das consequências do crime que praticou.
“O acusado praticou feminicídio em desfavor de sua mulher, de forma premeditada, em frente ao fórum da comarca de São José da Tapera, revelando destemor à Justiça e às consequências jurídicas penais”, diz um trecho da ação penal. Também no documento, ele enfatiza que o crime foi praticado com frieza: “O tiro à curta distância, conforme resta evidenciado nos exames periciais, demonstra toda frieza na execução do crime, e denota a periculosidade real do acusado”.
Em decorrência dos elementos apontados na investigação policial e também devido Leandro Pinheiro ter fugido após o crime, o promotor encaminhou à Justiça pedido de prisão preventiva contra o acusado.
“Frente a imputação ora formulada e em razão da imprescindibilidade da medida, requer que seja decretada a prisão preventiva do denunciado para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal em razão da gravidade em concreto do crime, revelado pelo modus operandi empregado”, argumentou.
Relembre o caso
A jovem de 26 anos foi encontrada morta em frente ao fórum de São José da Tapera, horas depois de sair com o companheiro Leandro Pinheiro de uma festa onde tiveram uma discussão. A vítima chegou a gravar um vídeo contando que era vítima de um relacionamento abusivo, que havia sido agredida várias vezes e que estava se escondendo para não ser assassinada.
Inicialmente, as investigações foram comandadas pelo delegado da cidade, Diego Nunes, mas devido a grande repercussão do caso e da pressão popular foi nomeada uma comissão para apurar o caso, formada pelo próprio Diego Nunes, e pelos delegados Igor Diego, diretor da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e Thales Araújo.