Polícia

Acusado de torturar e assassinar policial em São Paulo é preso no Sertão de Alagoas

A vítima teria sido reconhecida com policial por criminosos e acabou sendo sequestrado

Por 7Segundos 03/08/2023 14h02
Acusado de torturar e assassinar policial em São Paulo é preso no Sertão de Alagoas
Acusado de torturar e assassinar policial em São Paulo é preso no Sertão de Alagoas - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma ação conjunta entre da Polícia Civil de Alagoas resultou na prisão de um jovem de 22 anos, acusado de assassinar o soldado da Polícia Militar de São Paulo, Gledson Silva de Gusmão, crime ocorrido em março de 2020. 

O homem preso foi identificado como Eduardo Anísio Brandão Prado e estava foragido desde o dia do crime. O mandado de prisão em aberto foi expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

A captura de Eduardo foi resultado de um minucioso trabalho de investigação conduzido pela Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol) de Alagoas, em colaboração com policiais das delegacias de Mata Grande (28ª-DP), Inhapi (29ª-DP) e Delmiro Gouveia (1ª-DRP). O acusado foi localizado e detido no povoado de Santa Cruz do Deserto, em Mata Grande.

O crime ocorreu durante a noite de 8 de março de 2020, quando o soldado Gledson Silva de Gusmão, de 38 anos, estava em um baile funk em Bertioga, no litoral paulista. Na ocasião, o policial foi reconhecido por criminosos da região e acabou sendo sequestrado por três deles, que o levaram para uma área de mangue próxima.

Horas depois, o corpo do militar foi encontrado por uma equipe da Força Tática, apresentando marcas de tiros, facadas e pauladas na cabeça, rosto, pescoço e costas. O local em que o corpo foi encontrado era conhecido como "desova de corpos do tribunal do crime". A investigação apontou que o policial foi torturado, teve as mãos amarradas e foi roubado pelos criminosos, incluindo Eduardo.

Após o ocorrido, a polícia realizou uma operação em outubro de 2020, que resultou na prisão de dois suspeitos, um de 19 e outro de 31 anos. Com o mais velho, foi encontrada a arma utilizada no homicídio do policial.

Após o crime, Eduardo fugiu para Mata Grande, acreditando que ali estaria livre das consequências do assassinato cometido em São Paulo. No entanto, a persistência das investigações e a cooperação entre as autoridades policiais resultaram em sua prisão. Após a captura, Eduardo foi conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia (Cisp), onde permanecerá à disposição da Justiça de São Paulo.

A operação foi coordenada pelo delegado regional Rodrigo Cavalcanti (1ª-DRP), com o apoio dos delegados Daniel Mayer e Thales Nunes, diretores da Dinpol. A prisão de Eduardo representa um passo significativo no esclarecimento desse crime brutal e traz um sentimento de justiça à família e aos colegas do policial Gledson Silva de Gusmão.