A menina Ana Lívia, de 5 anos, que morreu carbonizada na manhã desta sexta (25), em Delmiro Gouveia, costumava ficar por algum tempo sozinha em casa.

De acordo com informações, a criança tinha transtorno do espectro autista (TEA) e tomava medicação para dormir. Como a mãr precisava sair muito cedo de casa para o trabalho, a criança costumava ficar por um período dormindo sozinha em casa, até a chegada do pai ou de outro parente que iria buscá-la.

Na manhã desta sexta, quando o pai da Ana Lívia estava chegando em casa, já encontrou a movimentação de vizinhos e de trabalhadores de uma fábrica localizada nas proximidades tentando salvar a criança.

Conforme apuração do Blog Ítalo Timoteo, o corpo de Ana Lívia foi encontrado na posição sentada e com as mão na cabeça, totalmente carbonizado, na área de serviço da residência.

A vítima morava em um conjunto habitacional composto por um imóvel de dois andares, ocupado por duas famílias. A criança morava na casa localizada no térreo e o fogo teria começado no ventilador do quarto onde Ana Lívia dormia.

Por volta de 6h30 da manhã, vizinhos ouviram um barulho forte vindo da residência e pouco depois passaram a escutar o choro da criança. Um dos moradores chegou a subir no muro e chamar por Ana Lívia, mas ela não atendeu. Minutos depois, o choro dela não foi mais ouvido.

O Corpo de Bombeiros foram acionados, mas antes disso, populares e trabalhadores de uma fábrica ainda tentaram salvar a criança. Eles tentaram arrombar a porta da residência, e, sem sucesso, quebraram os vidros das janelas e o forro da casa e usaram extintores para combater o fogo.

Peritos de incêndio, técnicos do Instituto de Criminalística, policiais militares e civis atenderam a ocorrência. Ainda no local, os pais da criança prestaram esclarecimentos sobre o caso.

O corpo de Ana Lívia foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Arapiraca, A expectativa é que seja liberado ainda nesta sexta para sepultamento.