Julgamento de réus no caso Roberta Dias ainda não tem data prevista para acontecer
Os restos mortais da jovem, que estava grávida, foram encontrados somente em 2021

Os acusados pelo caso Roberta Dias, jovem grávida assassinada em 2012, ainda não têm data para enfrentarem o tribunal do júri. Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo foram pronunciados pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em julho deste ano, mas o julgamento ainda não foi marcado.
Karlo Bruno e Mary Jane são amigo e mãe de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando. Os dois respondem ao processo em liberdade.
Os réus serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado e aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante, além de ocultação de cadáver.
A mãe de Saulo será julgada, ainda, por corrupção de menor, porque o filho tinha menos de 18 anos na época dos fatos. Sendo assim, ele não é processado nessa ação penal.
Sobre o caso
Roberta Dias foi vista pela última vez em 11 de abril de 2012, após sair de casa para fazer uma consulta de pré-natal. A jovem estava grávida do namorado, o adolescente Saulo Araújo, que na época tinha 17 anos.
Ela não chegou ao destino. De acordo com as investigações feitas à época, a família do namorado de Roberta não aprovava o relacionamento e a mãe do rapaz, Mary Jane Araújo, tentou convencer a jovem a fazer um aborto.
Diversos delegados atuaram nas investigações no decorrer dos anos e tiveram vários suspeitos descartados.
O pai de Roberta Dias, Ademir Dias, que buscava justiça e exigia a elucidação do crime, foi brutalmente assassinado em um ponto de ônibus na zona rural de Piaçabuçu em 2014.
Entre os detalhes revelados na gravação, ele conta como Saulo fez para encontrar a jovem antes de Roberta Dias chegar ao posto de saúde e como ela foi convencida a sair com ele para conversar.
Além disso, o áudio de Karlo Bruno revela detalhes sobre a forma como Roberta Dias foi assassinada e onde eles enterraram o corpo, em uma área de praia deserta em Piaçabuçu.
No áudio, Karlo Bruno confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada, usando um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença de Saulo Araújo, segundo os relatos.
Após análise do áudio, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”.
Restos mortais
O achado de um crânio em um areal em uma praia do município de Piaçabuçu, no dia 18 de abril de 2021, levou a família de Roberta Dias a fazer uma busca particular na região, e três dias depois, parte de um esqueleto humano, foi encontrado no local.
Mônica Reis, mãe de Roberta Dias, estava convicta de que aquela ossada seriam os restos mortais de sua filha, devido a peças de roupa que a jovem usava no dia que desapareceu. Em entrevista exclusiva para o 7Segundos, ela disse que ter a oportunidade de enterrar a filha traria alívio para ela e a família.
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