Saúde

Surto de meningite meningocócica em Maceió faz aumentar procura por vacina em clínica de Arapiraca

Aumento da demanda gira entre 300% e 400%, explica diretora da Clinvacin

Por 7Segundos com 7Segundos 30/09/2023 08h08 - Atualizado em 30/09/2023 08h08
Surto de meningite meningocócica em Maceió faz aumentar procura por vacina em clínica de Arapiraca
Thais Nobre, diretora da Clinvacin, mostra local onde vacinas ficam armazenadas - Foto: Giovanni Luiz-7Segundos

O aumento frequente dos casos de meningite meningocócica em Maceió está preocupando os moradores de Arapiraca e região. Há cerca de duas semanas, representantes das secretarias Municipal e Estadual da Saúde e o Ministério da Saúde reconheceram surto de meningite meningocócica na capital alagoana.

A meningite meningocócica se caracteriza pela inflamação das meninges, membranas que envolvem todo o sistema nervoso e é causada pelo meningococo B, um dos principais agentes da meningite bacteriana.

Esse tipo de meningite é considerado um dos mais letais. Segundo as autoridades de saúde, a cada dez casos, dois podem ser fatais e representam entre 20% a 40% dos casos de meningite.

O perigo e os cuidados com a prevenção devem ser mais rigorosos porque os sintomas da meningite podem ser confundidos com os da gripe, e surgirem através de uma febre alta, calafrios e dores de cabeça. Além disso, a pessoa com meningite pode sofrer alterações do estado mental, e ter enjoos, vômitos e apresentar rigidez no pescoço. Porém, o diagnóstico correto é feito somente com a avaliação de um médico.

Em Arapiraca, a procura por uma clínica especializada em vacinas, a Clinvacin, aumentou entre 300% e 400% nas últimas semanas, na medida em que os casos de meningite meningocócica do tipo B foram surgindo e sendo divulgados em Maceió.

Thais Nobre, diretora da Clinvacin, localizada na Avenida Ceci Cunha, em Arapiraca, conversou com a reportagem do Portal7Segundos e falou sobre a logística que está implementando no estabelecimento para poder suprir essa demanda. Segundo ela, 95% das pessoas que procuram a clínica atualmente é com o objetivo de se proteger contra a meningite tipo B.

"Não houve falta de vacinas, nós não tivemos esse problema, mas para evitar que isso aconteça e também a formação de longas filas, a gente teve que reorganizar o atendimento nesse sentido, distribuindo fichas, inclusive", explicou Thais Nobre.

Outro fator importante para manter a qualidade do serviço oferecido é o acondicionamento das vacinas, que devem se manter refrigeradas numa câmara fria a temperaturas entre 2° C e 8º C, complementou Thais.

Thais explicou ainda que a vacina contra a meningite tipo B é ofertada apenas na rede privada. A vacina contra a meningite meningocócica tipo C, ofertada para crianças menores de um ano com reforço aos 12 meses de vida, está disponível através do SUS (Sistema Único de Saúde). Já a vacina meningocócica ACWY, direcionada ao público adolescente, é ofertada tanto na rede pública, no na rede privada de saúde.

Veja a entrevista completa com a Thays Nobre, diretora da Clinvacin, no vídeo abaixo: