Na madrugada da última sexta-feira (17), a BR-316 testemunhou uma tragédia que ceifou sete vidas de uma mesma família, deixando um rastro de luto e dor. Maria Auxiliadora de Araújo, 71 anos, aposentada, sobreviveu ao acidente que tirou a vida de seu filho e esposo, deixando marcas profundas não apenas em seu rosto, mas em sua alma.

O choque entre a van em que viajavam, contendo 18 parentes, e um caminhão carregado de lenha deixou cicatrizes físicas e feridas emocionais irremediáveis. "Perdi meu filho, meu esposo, que eram as pessoas mais importantes da minha vida. Como é que eu vou conviver agora no mundo sem essas pessoas?", desabafa a idosa, em entrevista concedida à TV Grande Rio.

O acidente aconteceu quando retornavam de um funeral em Arapiraca, Agreste alagoano.

Das doze pessoas da van levadas ao Hospital Regional de Ouricuri, uma mulher grávida de 24 anos perdeu o bebê. Ela é a única em estado grave e passou por cirurgia. "Do total destes doze pacientes, três são idosos acima de 60 anos; uma criança de três anos e oito adultos sendo uma gestante", afirma a nota do hospital.

Enquanto os ocupantes da van enfrentam a recuperação física e emocional, o motorista e o passageiro do caminhão saíram ilesos. Ambos se apresentaram no posto da Polícia Rodoviária Federal em Ouricuri e os testes de bafômetro tiveram resultados normais.

As sete vítimas fatais foram identificadas e todas pertenciam à mesma família, oriunda de Curral Novo, Piauí. Raimundo Fernandes de Araújo, Rafael Fernandes de Araújo, Frutuosa de Carvalho Batista, Marlene Alves Fernandes, Expedito Arnaldo Cordeiro de Araújo, Antônio Pedro de Araújo e Maria Núbia Cordeiro de Araújo, com idades entre 31 e 87 anos.

Os corpos passaram por autópsia no Instituto Médico Legal de Petrolina e serão encaminhados para Curral Novo, onde serão velados e enterrados na localidade de Palestina, zona rural da cidade. A prefeitura decretou luto oficial de três dias como sinal de respeito e solidariedade à família enlutada.