Justiça nega pedido de liberdade para empresário acusado de matar jovem carbonizado no Sertão
Joel Mendes alega que estava em Pernambuco e não participou do crime
O empresário Joel Mendes Nogueira, acusado do assassinato de Marcos André de Lima dos Santos, o Tonton, em 27 de janeiro no município de Água Branca, teve mais um pedido de liberdade provisória negado pela Justiça.
O desembargador João Luiz Azevedo Lessa manteve a decisão anterior do desembargador Otávio Praxedes, em favor da manutenção da prisão preventiva, ocorrida em 29 de setembro no município de Ribeiro do Pombal, interior da Bahia.
A defesa do empresário alega que no dia e horário do crime, Joel Mendes estava em Porto de Galinhas, e afirma ter - como prova - imagens do empresário gravadas pelo circuito interno de uma farmácia na cidade pernambucana.
De acordo com as investigações policiais, Joel Mendes teria sido visto por uma testemunha ocular do assassinato da vítima.
Além do empresário, a namorada dele também foi presa acusada de participação no crime. A mulher também mantinha um relacionamento com Marcos André e teria sido responsável por atrai-lo para a emboscada.
Marcos André foi assassinado a tiros na noite de 27 de janeiro, em um trecho da rodovia AL 145, no município de Água Branca. Ele estava em casa quando a mulher ligou pedindo ajuda porque o carro dela teria apresentado defeito no meio da estrada.
A vítima foi até o local e, na versão apresentada pela acusada, em seguida chegaram três pessoas anunciando um assalto. De acordo com ela, Marcos André estava armado e reagiu, e por conta disso foi assassinado a tiros.
Depois os criminosos arrastaram o corpo da vítima para parte de trás do carro e atearam fogo no corpo e no veículo. Após o crime, a mulher disse ter sido levada como refém dos bandidos e liberada no município de Jatobá, interior de Pernambuco.
De acordo com a polícia, a mulher e o empresário teriam planejado o assassinato da vítima. A namorada atraiu Marcos André para a armadilha e presenciou o assassinato, cometido pelo empresário com a ajuda de outras duas pessoas. Depois, combinaram a versão do assalto e falso sequestro para atrapalhar o andamento das investigações.
Os familiares da vítima dizem que ele não tinha arma de fogo.