Chegada de Leandro Barros a Alagoas pode esclarecer participação do pai na fuga para a Bolívia após feminicídio
Delegado responsável aguarda depoimento para entender detalhes da fuga de Leandro
A chegada de Leandro Barros ao estado de Alagoas neste fim de semana promete trazer novas revelações sobre o crime que chocou o estado, e em especial de São José da Tapera, no Sertão, em junho de 2023. O acusado, que estava vivendo na Bolívia desde então, será ouvido pela Polícia Civil local para esclarecer uma das hipóteses levantadas: a possível ajuda de seu pai, José Nilton, na fuga para o país vizinho.
Segundo informações do delegado Thales Araújo, responsável pelo caso, há suspeitas de que José Nilton, já detido desde janeiro do mesmo ano por outro crime, teria sido o responsável por articular a fuga de Leandro.
O pai é ex-policial militar reformado da PM de Sergipe, que foi preso em janeiro deste ano sob suspeita de envolvimento em um assassinato ocorrido no Sítio Lajeiro, localizado na zona rural de São José da Tapera, mesma cidade onde o feminicídio de Mônica Cavalcante aconteceu. A vítima, neste segundo caso, era um jovem de 22 anos.
Além da possível participação do pai na fuga, a polícia busca esclarecimentos sobre uma suposta rede de apoio que Leandro teria utilizado para escapar de Alagoas e se estabelecer na Bolívia, onde estava vivendo e mantinha um novo relacionamento amoroso.
O delegado Thales Araújo ressaltou que é provável que Leandro tenha escolhido a Bolívia, mais especificamente Santa Cruz de La Sierra, como destino devido à grande comunidade brasileira na região. "É uma cidade com uma grande comunidade brasileira. Provavelmente, ele tinha algum ponto de apoio, alguém que conhecia essa entrada na cidade, um modo dele se estabelecer no país", disse Thales Araújo a um portal de notícias da capital.