Polícia

Dois suspeitos de envolvimento de homicídios de jovens jogados em cacimba são presos em Sergipe

Investigados estavam em Sergipe e estão sendo encaminhados para Maceió

Por Patrícia Bastos/ 7Segundos 20/04/2024 18h06
Dois suspeitos de envolvimento de homicídios de jovens jogados em cacimba são presos em Sergipe
Retirada do corpo de uma das vítimas da chacina do Laranjal - Foto: Giovanni Luiz-7Segundos

Dois suspeitos do envolvimento da chacina ocorrida no povoado Laranjal, em Arapiraca, foram presos neste sábado (20), em Sergipe.

A prisão foi efetuada pela equipe do Núcleo de Investigação Especial (Niesp) da Polícia Civil e os detidos estão sendo encaminhados para Maceió.

Conforme informações dos delegados Gustavo Xavier e Edberg Sobral, o artista plástico Reginaldo da Silva Santana, 38, confessou o crime e afirmou ter agido junto com um sobrinho e com um homem chamado Roberto.

Os três são naturais de Sergipe e Reginaldo Santana, conhecido como Giba, mora e trabalha na propriedade onde o crime aconteceu.

A chacina foi descoberta após a mãe de duas das vítimas, Letícia da Silva Santos, 20, e Lucas da Silva Santos, 15, procurar a polícia para registrar o desaparecimento deles e informar que moradores da região teriam ouvido muitos disparos de arma de fogo vindo da propriedade onde o crime aconteceu.

Os policiais foram até o local, e ao questionar Reginaldo Santana, ele acabou confessando o crime e revelando que os corpos das vítimas foram escondidos em uma cacimba, na entrada da propriedade.

Em seu primeiro depoimento, Reginaldo Santana alegou ter tido o celular e ferramentas de trabalho furtados pelas vítimas. Ele contou que saiu com Letícia e Joselene de Souza Santos, 17 - namorada de Lucas - para sacar dinheiro e comprar uma pizza e, ao retornar para casa, foi avisado pelo sobrinho que, na ausência deles, Lucas e Erick Juan de Lima Silva, 20 - namorado de Letícia - estiveram no local e subtraíram os objetos.

As duas garotas foram rendidas e o sobrinho do artista plástico e um homem chamado Roberto saíram em busca dos dois jovens, que foram levados à presenta de Reginaldo. Em seguida, de acordo com ele, houve uma confusão e um disparo acidental teria atingido uma das vítimas. Depois, as outras três foram assassinadas com disparos de arma de fogo, e tiveram os corpos jogados na cacimba. 

A versão é contestada por familiares das vítimas, que relataram que os jovens, apesar de viverem em situação de vulnerabilidade, faziam trabalhos para o artista plástico e pediam dinheiro e mantimentos quando estavam passando necessidade. "Não eram ladrões. Quem fez isso com eles que é bandido", declarou uma parente.