[Vídeo] Delegado Leonan Pinheiro lidera protesto no Aeroporto Zumbi dos Palmares pela morte do cão Joca
O cão morreu após erro de empresa ligada à companhia aérea Gol
Neste domingo (28), os aeroportos em várias cidades do Brasil foram palco de protestos fervorosos contra a trágica morte do cão Joca, que faleceu durante um transporte aéreo por uma empresa associada à companhia aérea Gol. A indignação ecoou por todo o país, despertando a consciência sobre os direitos dos animais e a necessidade urgente de reformas na regulamentação do transporte de animais em aviões.
O líder do protesto no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Alagoas, foi o Delegado Leonan Pinheiro, também deputado estadual pelo estado. Com cartazes exigindo mudanças significativas na legislação de transporte de animais, Pinheiro expressou a determinação do grupo em garantir que tragédias como essa não se repitam.
"Não desistiremos enquanto não houverem mudanças importantes na regulamentação do transporte de animais em aviões! ANIMAL NÃO É E NUNCA SERÁ BAGAGEM!", declarou o delegado Leonam em meio ao protesto.
O caso que desencadeou os protestos ocorreu quando Joca, um cão que deveria ser transportado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso, acabou sendo erroneamente enviado em um voo para Fortaleza, no Ceará, devido a uma falha operacional da Gollog, empresa ligada à Gol Linhas Aéreas.
Quando seu tutor, João Fantazzini, finalmente reencontrou o cão, na segunda-feira, 22 de abril, Joca já estava sem vida dentro do canil da empresa. O erro foi agravado pelo fato de a caixa de transporte do cachorro estar marcada com informações incorretas na etiqueta de identificação, incluindo um nome feminino e um destino diferente, além de ter duas etiquetas com o nome "Kiara", segundo relatou Fantazzini em entrevista à CNN Brasil.
A família de Fantazzini registrou um boletim de ocorrência na terça-feira, 23 de abril, e a companhia aérea está sob investigação por suspeita de maus-tratos. O resultado da necrópsia de Joca está previsto para ser divulgado em 30 dias.
Apesar da gravidade do incidente, a família afirma que não recebeu qualquer tipo de assistência da Gol. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou a abertura de um inquérito policial para investigar todas as circunstâncias do ocorrido, e a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a empresa para prestar esclarecimentos em até dois dias.
O tutor de Joca argumenta que o animal só tinha autorização veterinária para viajar por cerca de três horas e não suportou as oito horas de voo devido a uma série de erros cometidos pela Gol.