Polícia

Acusado de homicídio por causa do tráfico de drogas em PE, é preso em Água Branca

No momento da prisão, o indivíduo foi flagrado com um revólver calibre 38 e cinco munições intactas

Por 7Segundos com Assessoria 23/05/2024 08h08 - Atualizado em 23/05/2024 09h09
Acusado de homicídio por causa do tráfico de drogas em PE, é preso em Água Branca
Acusado de homicídio por causa do tráfico de drogas em PE, é preso em Água Branca - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Foragido da Justiça por matar o próprio amigo, foi preso na tarde do último domingo (19), no Sítio Barro Preto, em Água Branca, em Alagoas. Rafael Rodrigues Monteiro, de 36 anos, tinha dois mandados de prisão preventiva em aberto, expedidos pela Comarca de Manari, em Pernambuco.

Ele foi encontrado depois de um trabalho da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), em conjunto com a Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes/Caatinga).

No momento da prisão, ele estava em casa e foi flagrado com um revólver calibre 38, com numeração suprimida e cinco munições intactas, além de três aparelhos de telefone celular.

Diante da situação, além do cumprimento da ordem de prisão, os policiais também relataram o crime de posse ilegal de arma de fogo.

Segundo a investigação, Rafael participou do assassinato de Leonardo Lacerda de Araújo, conhecido como "Bocão", à época, com 33 anos, ocorrido no dia 3 de janeiro de 2022, no município de Manari/PE.

A vítima estava dentro de casa quando o imóvel foi invadido pelos assassinos, que entraram pela porta da cozinha e a mataram com vários tiros.

Os trabalhos investigativos da polícia resultaram na prisão de Romário Gomes Rodrigues, conhecido como "Gordinho", de idade não informada, suspeito de ter tramado o assassinato, que teria sido executado por Rafael. Os dois suspeitos e a vítima eram amigos e seriam integrantes de um grupo criminoso responsável pelo tráfico de drogas em Manari.

Conforme apurou a investigação, apesar de serem muito amigos, Rafael e Leonardo vinham se desentendendo por conta da disputa que travavam pela liderança do grupo criminoso do qual eram integrantes e a divisão do dinheiro arrecadado com a comercialização de entorpecentes.

Leonardo Lacerda de Araújo, de 33 anos, foi morto a tiros dentro de casa. Foto: Cortesia

A esposa da vítima contou para a polícia que suspeitou da atitude de Romário porque era muito amigo de Leonardo, mas não compareceu ao velório nem ao enterro, alegando que estava viajando.

A mulher contou que ele foi visto bebendo com o marido dela poucos minutos antes de ele ser morto e saiu do município logo após o crime, ficando fora por cerca de duas semanas.

Por outro lado, em depoimento na delegacia, Romário contou que não foi ao velório porque não quis, que estava em Santana do Ipanema, na casa da família da esposa. Ele disse ainda que não tinha aproximação com Rafael, apenas com a vítima.

O suspeito negou participação no assassinato do amigo e imputou o crime a Rafael e a outro homem identificado apenas como Luciano.

Ainda de acordo com o depoimento de Romário, o crime foi praticado pelos dois suspeitos por questões relacionadas ao tráfico de drogas no município.

Diante das provas e relatos de testemunhas, o delegado do caso não descartou a participação do depoente como mandante do crime e representou pela prisão preventiva dele, assim como de Rafael, que estava foragido.

Agora capturado, Rafael foi levado para o Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia (Cisp), onde ficou recluso à disposição da Justiça.

Foto: Cortesia