Líderes internacionais parabenizam Trump: 'Retorno histórico'
Vitória projetada pela imprensa norte-americana na disputa pela Presidência dos EUA tem feito os líderes se mobilizarem nas redes sociais
O presidente da França, Emmanuel Macron, falou em trabalhar junto com o republicano. "Pronto para trabalharmos juntos como fizemos por quatro anos. Com suas convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade".
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reforçou o discurso de Trump sobre o "maior retorno da história". "Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América".
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte, reforçou a aliança com a entidade. "Sua liderança será novamente a chave para manter nossa aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz através da força através da Otan".
Trump chegou a dizer que estimularia russos a fazerem "o que quiserem" com aliados da Otan que não paguem mais pela defesa conjunta. Os aliados ocidentais também temem que uma presidência do republicano signifique uma redução da ajuda militar à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, que impulsionou o apoio de toda a Otan a Kiev e foi seu maior apoiador.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, foi outro líder internacional a se parabenizar Trump. "Lembro-me do nosso grande encontro com o presidente Trump em setembro, quando discutimos em detalhes a parceria estratégica Ucrânia-EUA, o Plano de Vitória e maneiras de pôr fim à agressão russa contra a Ucrânia".
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que os EUA e a Itália são nações "irmãs". "A Itália e os Estados Unidos são nações 'irmãs', ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica. É um vínculo estratégico, que estou certo que iremos agora reforçar ainda mais. Bom trabalho, presidente".
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar "ansioso" para trabalhar com Donald Trump. "Estamos lado a lado na defesa dos nossos valores partilhados de liberdade, democracia e negócios. Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar".
Outros líderes internacionais também parabenizaram o republicano pela projeção de vitória (veja mais abaixo). Entre eles, Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
'Era de ouro dos EUA'
Donald Trump disse, na madrugada desta quarta-feira (6), que inaugurará uma "era de ouro nos EUA". Ele iniciou o discurso em um centro de convenções na Flórida após a emissora Fox News projetar sua vitória.
O republicano também disse que irá "curar" os EUA. "Vamos ajudar nosso país a se recuperar. Nosso país precisa de ajuda, precisa muito. Vamos resolver nossa fronteira e todos os outros problemas".
Trump ressaltou a vitória do Partido Republicano no Senado, que voltou a comandar a casa. "Os EUA nos deu um mandato poderoso. Voltamos a controlar o senado", disse ele, que ainda destacou a possibilidade de que mantenha o controle sobre a Câmara dos Deputados.
"Foi aparentemente o maior movimento político de todos os tempos", disse Trump. Ele se referia ao movimento "Faça a América Grande Novamente" (Maga, na sigla em inglês).
Num discurso improvisado, o presidente eleito ainda defendeu que Elon Musk, dono do X, seja "protegido". "Temos de proteger nossos gênios, não temos tantos deles", afirmou Trump.
Após instrumentalizar ódio em sua campanha, Trump agora indicou que está "na hora de reunir" o país. Ele falou em "colocar um fim às divisões dos últimos quatro anos". Indicando que não vai começar nenhuma guerra, Trump ainda lembrou dos atentados e ameaças que sofreu. "Deus me salvou por um motivo", disse.
O vice na chapa, JD Vance, também discursou no evento. Ele destacou a "maior volta política da história dos EUA" e prometeu que haveria a "maior recuperação econômica da história".