Arapiraca

UPA abre sindicância para investigar atendimento à criança que sofreu paralisia após injeção

Nota informa que, caso seja comprovado erro ou negligência, profissional de saúde vai responder a processo disciplinar

Por 7Segundos 27/11/2024 15h03 - Atualizado em 27/11/2024 16h04
UPA abre sindicância para investigar atendimento à criança que sofreu paralisia após injeção
De bruços, Elisa consegue mexer apenas uma das pernas - Foto: Reprodução

Após a repercussão da matéria do 7Segundos sobre a menina Elisa, que sofreu paralisia em uma pernas após uma injeção aplicada na UPA Noel Macedo, em Arapiraca, a direção da unidade emitiu uma nota de esclarecimento na tarde desta quarta (27) informando que será aberta uma sindicância para investigar o caso.

A nota [leia na íntegra ao final da matéria] informa que as circunstâncias do atendimento à criança será apurada por uma comissão, que irá ouvir a equipe que prestou assistência e que, caso seja comprovado que houve erro ou negligência, será aberto processo disciplinar.

A menina Elisa, que completa dois anos em dezembro, não consegue andar e ficar sentada há duas semanas, desde que foi levada pelo pai para a UPA com um quadro de febre e vômito. Durante o atendimento, uma profissional de saúde aplicou uma injeção e liberou a criança.

"Quando chegou em casa, ela não conseguia ficar sentada. No começo, a gente achava que era normal a injeção doer assim e que depois iria passar, mas depois de oito dias, ela conseguia mexer o corpo todo, menos a perna onde tomou a injeção", declarou a mãe, Edivânia Maria os Santos.

Os pais voltaram a levar a criança para a UPA e ela foi transferida para o Hospital Geral do Estado, em Maceió. A menina foi submetida a exames e uma neurologista explicou que a injeção atingiu o nervo ciático, provocando a paralisia. Segundo ela, a criança poderá recuperar os movimentos nas pernas, mas para isso precisa passar por tratamento.

Enquanto isso, a menina Elisa sobre com dores sempre que tem a perna paralisada movimentada, e, por conta disso, passa a maior parte do tempo deitada.

A família, no entanto, tem dificuldades em seguir com o tratamento mesmo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em busca de fisioterapia para a criança, numa tentativa de reverter a paralisia, os pais descobriram que há uma fila de espera para conseguir fazer as sessões em Arapiraca e que, no momento, não há previsão para iniciar.

Leia nota da UPA Noel Macedo:

A Direção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca esclarece que irá abrir um processo administrativo de sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento prestado à paciente. A comissão formada para investigar o caso irá ouvir a equipe que prestou assistência à criança, garantindo o direito à ampla defesa e o contraditório das partes envolvidas. Salienta que, após o resultado final, caso fique comprovado que houve negligência ou erro na conduta adotada durante o atendimento, será aberto um processo disciplinar.