A frota própria de veículos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vai ganhar um importante reforço nos próximos dias. É que cinco, do total de 15 novos ônibus escolares adquiridos pela secretaria, serão entregues na próxima semana, fortalecendo, assim, o serviço prestado aos estudantes da rede pública estadual que residem nas cidades de Maceió, Rio Largo e Arapiraca.

Superintendente de Frota e Transporte Escolar da Seduc, Lívia Sandes destaca o alcance do investimento de R$ 7,6 milhões do Governo de Alagoas. “Será um incremento muito importante para que continuemos a ofertar um serviço de qualidade, garantindo conforto e, sobretudo, segurança aos estudantes que necessitam, diariamente, do transporte escolar”, avalia.

Tem direito ao transporte qualquer estudante matriculado na rede estadual que resida a mais de 2 km de distância de sua escola. Atualmente, a frota da Seduc é composta por 219 ônibus. Com 101 unidades de ensino regular, a capital concentra a maioria dos veículos; 45 ônibus circulam em Arapiraca, e 13 servem à comunidade escolar de Rio Largo, região metropolitana de Maceió.

“Vale lembrar que, nas outras cidades, os próprios municípios é que são responsáveis pela oferta do transporte escolar. Com a adesão das prefeituras ao Programa de Gestão Integrada do transporte Escolar (Geite), a Seduc garante o repasse dos recursos necessários à operacionalização do transporte, de forma a contemplar todos os estudantes que residem na zona urbana ou rural”, reforça a superintendente, acrescentando que, somente este ano, o Governo de Alagoas vai repassar, por meio do Geite, R$ 77 milhões aos Municípios.

Cuidando da saúde e do meio ambiente

A saúde de servidores e estudantes também é prioridade. Prova disso é que, em parceria com o Programa Despoluir, uma iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do SEST/SENAT, os veículos que transportam os alunos da rede estadual até as escolas do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa) passaram por uma vistoria de emissão de gases poluentes, trabalho que também permite identificar problemas como a adulteração de combustível.

Seleção

Outra preocupação diz respeito aos profissionais responsáveis pelo serviço de transporte. Por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS), a secretaria ofertou 330 vagas para os cargos de condutor e fiscal de transporte escolar. A convocação dos aprovados começou em janeiro, e 242 motoristas e fiscais já iniciaram os trabalhos. É o caso de Adriano Costa, que se diz realizado com a oportunidade.

“Estou muito contente. É gratificante poder transportar esses meninos e, dessa forma, servir à educação estadual. A rotina começa logo cedo, de madrugada, mas nunca descuidamos da segurança de todos. E, apesar do pouco tempo, já começamos a criar uma relação de respeito e carinho, para que eles sintam cada vez mais confiança no nosso trabalho”, afirma o motorista que faz a rota Cepa/Santos Dumont, em Maceió.

Todos os ônibus da Seduc também passam, regularmente, por manutenção preventiva, considerando quilometragem ou tempo de uso. Em Arapiraca, por exemplo, a secretaria já dispõe de uma oficina na qual as revisões acontecem sempre aos sábados, evitando, assim, a substituição do veículo ou mesmo o comprometimento de um dia letivo.

A formação continuada, por sua vez, também é destaque. Nos próximos dias, motoristas e fiscais, que também passam por curso de primeiros socorros, vão receber orientações sobre como acolher estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), graças à parceria com órgãos como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AL).

Satisfação

Residente no bairro do Bom Parto, em Maceió, Revelly Isabele, aluna do 9º ano da Escola Estadual Professora Maria José Loureiro, localizada no Cepa, afirma que o transporte escolar é uma ponte entre os desafios diários e o acesso à educação, destacando a qualidade do serviço ofertado pelo Governo de Alagoas, por meio da Seduc.

“A gente acorda cedo, mas o motorista é muito cuidadoso, e essa é a parte mais importante. Além disso, coincidentemente, ele também mora no meu bairro, onde conhece todo mundo (risos). Tem um olhar diferenciado, e sempre conversa com a gente para saber como estamos. É como se fosse um pai para todos nós”, conta Revelly, recordando o período, difícil, em que a mãe não dispunha de transporte para estudar.

“A região onde moro tem muitas ladeiras. O trajeto a pé é bem cansativo. Minha mãe conta que, quando era estudante, sofreu bastante. Portanto, ter um ônibus para me buscar e me deixar pertinho de casa é, sim, um privilégio, porque essa facilidade também reflete na aprendizagem”, emenda.