Agreste

Projeto desenvolvido no Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca recebe selo da ONU

Estufas com sistema hidropônico foram desenvolvidas pela Uneal para ensino, pesquisa e extensão com infraestrutura e suporte técnico do Governo de Alagoas

Por 7Segundos com Assessoria 21/02/2025 14h02
Projeto desenvolvido no Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca recebe selo da ONU
Projeto premiado consiste em estufas que adotam práticas voltadas para a sustentabilidade - Foto: Ascom

Um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) no Polo Tecnológico Agroalimentar da cidade de Arapiraca, receberá o selo ODS Educação 2024, da ONU, no próximo dia 20 de março, em solenidade no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro. A certificação é concedida a instituições que desenvolvem projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A infraestrutura do polo e o suporte técnico utilizado para a pesquisa foram desenvolvidos pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) e é coordenado pela universidade.

O projeto premiado consiste em estufas que adotam práticas voltadas para a sustentabilidade com a produção de hortaliças, utilizando adubos minerais e fertilizantes orgânicos para manejar culturas que são importantes para o cinturão verde da cidade e para os municípios circunvizinhos da região Agreste, permitindo a produção de alimentos mais saudáveis.

“Aqui no polo nós temos desenvolvido, nas estufas, um sistema hidropônico com a cultura da alface, da couve, do tomate cereja e das pimentas de cheiro e biquinho, utilizando níveis de bokashi, que é um adubo orgânico e natural, e experimentos em nível de campo, utilizando adubo mineral, comparando com fertilizantes orgânicos. Os resultados já mostram que a adubação orgânica tem se apresentado muito promissora, superando, inclusive, em alguns parâmetros, as hortaliças cultivadas no sistema convencional com adubo químico”, afirmou o aluno e pesquisador Alverlan Araújo.

Ainda segundo o pesquisador, após o término do experimento, todos os dados estatísticos são disponibilizados em congressos e relatórios técnicos científicos. Já as hortaliças produzidas são comercializadas em parceria com produtores locais e servem também para consumo próprio.

“Sempre divulgamos o resultado das nossas pesquisas em veículos de comunicação, congressos e, também, por meio de relatórios. Após toda a análise, tudo que é produzido no polo vai para comercialização, por meio de uma parceria que temos com produtores rurais da região e servem para o consumo das pessoas que trabalham conosco, visto que a gente sempre busca mitigar o uso do adubo químico, tornando o alimento mais saudável”, reforça Alverlan.

Durante a realização das pesquisas, uma equipe multidisciplinar trabalha de maneira colaborativa. Os professores lideram e orientam os projetos, enquanto os pesquisadores auxiliam na aplicação das metodologias e no manuseio dos equipamentos. Os estudantes têm participação ativa na execução dos experimentos e muitos deles fazem parte de programas como o Pibic (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e o Pibiti (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação), ambos com o apoio do Governo de Alagoas.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uneal, Rubens Pessoa, destaca que outras unidades também foram premiadas, como é o caso das estufas localizadas no Campus I, em Arapiraca; no Campus II, em Santana do Ipanema e no Campus III, em Palmeira dos Índios, todas contribuindo para o avanço nas pesquisas, saindo da teoria para prática.

“Esse reconhecimento reforça a relevância das nossas pesquisas e do trabalho realizado nos diferentes campi da Uneal. O selo da ONU demostra que estamos no caminho certo, incentivando a inovação e a sustentabilidade, e proporcionando aos nossos alunos uma formação cada vez mais qualificada”, disse o pró-reitor.

Para o secretário da Secti, Silvio Bulhões, o apoio do Governo é fundamental. “O Governo de Alagoas tem investido no fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica no estado. O Polo Tecnológico de Arapiraca tem sido fundamental para transformação da agricultura local e nós ficamos felizes por ter contribuído com essa conquista da nossa Universidade Estadual”, frisou o secretário.

Sobre o Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca


Com área de 3 mil m² e uma estrutura que conta com laboratórios de tecnologia avançada para análise químico – microbiológico; solo, água e irrigação; produção semi-industrial de derivados da mandioca; processamentos de hortaliças e frutas e de agrometereologia –, o Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca vem beneficiando o desenvolvimento de pesquisas científicas em Alagoas e incentivando as atividades nas comunidades da região do Agreste do Estado.

Numa parceria entre a Secretaria da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), o espaço está transformando positivamente a agricultura familiar do agreste de Alagoas ao oferecer serviços laboratoriais que impulsionam as cadeias produtivas locais.