Polícia Civil abre inquérito para investigar morte de mulher que inalou spray de pimenta durante carnaval em Taquarana
Delegado está aguardando laudo para dar prosseguimento às investigações
A morte Jéssica Andrade Vieira, 26, ocorrida no domingo (02) após o uso de spray de pimenta para dispersar um tumulto no Carnaval de Taquarana está sendo investigada pela Polícia Civil.
O delegado Thomaz Acioly, titular do 72º Distrito Policial, abriu inquérito e aguarda laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal de Arapiraca para prosseguir com as investigações.
Ele também deverá convocar testemunhas do momento em que Jéssica começou a passar mal após a aspersão do spray e ouvir o depoimento delas.
O uso de aerossóis com substâncias irritantes, como o spray de pimenta, têm uso restrito no Brasil. Apenas forças de segurança, como as polícias e guarda municipal) e empresas de segurança privada estão autorizados a utilizar de forma legal. O porte e o uso por civis são proibidos.
O Carnaval da Nossa Gente, promovido pela prefeitura de Taquarana entre o sábado e a terça-feira de Carnaval contou com o apoio da Polícia Militar e de segurança particulares contratados pelo município.
O comando da PM, por meio de nota, informou que os policiais militares que atuaram no evento não fizeram uso de spray de pimenta e, na ocorrência envolvendo Jéssica de Andrade, atuou apenas acionando a Polícia Científica e o IML após a morte ser constatada em uma unidade de saúde do município.
Até o momento, a prefeitura de Taquarana não se pronunciou sobre o ocorrido.
Relembre o caso
Jéssica de Andrade estava junto com parentes no Carnaval da Nossa Gente, na madrugada de domingo (02), quando ocorreu uma confusão próximo ao local onde ela estava.
Segundo relatos de familiares, forças de segurança dispersaram os envolvidos na confusão e, logo depois, várias pessoas começaram a sentir irritação nos olhos e nas vias aéreas em decorrência do uso do spray de pimenta.
Jéssica começou a passar mal e foi para casa, como o quadro de saúde dela se agravou, ela foi levada para uma unidade de saúde do município, que atendia outros foliões, que também tiveram reações adversas ao inalar o aerossol.
Apesar dos cuidados médicos, Jéssica acabou morrendo pouco depois. O atestado de óbito consta que a causa da morte foi tamponamento cardíaco. Mesmo assim, de acordo com familiares, foi a inalação do spray que agravou o problema de saúde que ela convivia.
O corpo da jovem foi sepultado no cemitério Santo Antônio, em Arapiraca, na segunda-feira (03). Ela deixou um filho de 11 anos e completaria 27 anos nesta quarta.
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