Justiça

Irmã de médica presa por matar ex-marido pede guarda provisória da sobrinha

Pedido foi feito por Nayara Thais Silva Lima, que alega incapacidade das avós de tutelar a criança

Por 7Segundos 24/11/2025 15h03 - Atualizado em 24/11/2025 15h03
Irmã de médica presa por matar ex-marido pede guarda provisória da sobrinha
Irmãos de Nádia - Foto: Reprodução / Vídeo

Nayara Thais, irmã da médica Nádia Tamires, presa por matar a tiros o ex-marido a tiros em Arapiraca, ingressou na Justiça com um pedido de guarda provisória da sobrinha, atualmente sob responsabilidade da avó materna, Josefa Alves de Lima Cavalcante, e avó paterna, Cícera Maria de Lima Cavalcante. A solicitação foi registrada no domingo (23) e será encaminhada a uma das Varas de Família da comarca de Arapiraca.

No pedido, Nayara afirma que as avós “não possuem capacidade para tutelar o melhor interesse da criança, por razões psicológicas e sociais”. Ela também expressa intenção de, caso a guarda provisória seja concedida, avançar posteriormente para a guarda definitiva.

O juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati, porém, observou que a documentação apresentada pela tia é antiga, de 2024 e de 2014 a 2021, e não comprova risco atual que justifique a intervenção imediata. “Não é suficiente para comprovar a presença de risco iminente que impeça a análise do mérito pelo juízo natural, durante o expediente forense regular”, afirmou.

O magistrado destacou ainda que a guarda concedida às avós é recente, determinada há cerca de seis dias, o que indica que “o melhor interesse da criança está, ao menos em tese, preservado junto às atuais guardiãs”.

O caso


Alan Carlos foi morto a tiros dentro do carro em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca, no dia 16 de novembro
. A autora dos disparos, a médica e ex-esposa da vítima, foi localizada e presa horas depois em Maceió.

Imagens mostram o homem sem vida no banco do motorista, sendo amparado por uma mulher enquanto populares se aproximavam do veículo. Nádia foi presa no mesmo dia, teve a prisão preventiva decretada e, em interrogatório, alegou legítima defesa, versão não acatada pela Justiça.