Empresário alagoano investigado pela Operação Rejeito é solto após decisão de Toffoli
Ministro substituiu prisões por medidas cautelares, manteve validade dos atos da Justiça Federal e confirmou competência da Corte
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (19) a revogação das prisões preventivas do ex-deputado João Alberto Paixão Lages, dos empresários Alan Cavalcante do Nascimento e Helder Adriano Freitas, e do delegado Rodrigo de Melo Teixeira, investigados no âmbito da Operação Rejeito.
A decisão substitui a prisão por um conjunto de medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, restrições de deslocamento e recolhimento domiciliar, além de manter válidos os atos praticados pela 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte. O processo tramita sob sigilo.
Toffoli reconheceu que cabe ao STF supervisionar as investigações, que apuram a atuação de uma suposta organização criminosa envolvida em exploração minerária irregular, lavagem de dinheiro, corrupção e crimes ambientais. No entanto, o ministro rejeitou o pedido das defesas para anular todas as decisões da primeira instância.
Ao aplicar a chamada teoria do juízo aparente, o relator considerou legítimas as provas e medidas autorizadas pelo juízo de origem, já que, à época, ele se apresentava como aparentemente competente. Assim, o Supremo passa a acompanhar o caso sem invalidar o material já produzido.
Segundo informações citadas na decisão, os projetos minerários investigados teriam potencial de lucro superior a R$ 10 bilhões e poderiam gerar prejuízo à União estimado em mais de R$ 18 bilhões, conforme perícia da Polícia Federal. As apurações resultaram em quebras de sigilo, prisões preventivas, bloqueio de bens e suspensão das atividades de empresas envolvidas.
As defesas alegaram que a prisão dos investigados não se justificaria, especialmente após a paralisação das atividades empresariais, e sustentaram que haveria tentativa de manter o caso fora do STF. A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, defendeu a remessa do processo à Corte para evitar futuras nulidades.
Na reavaliação das prisões, Toffoli ressaltou que a custódia preventiva é medida excepcional e concluiu que os riscos apontados podem ser contidos com medidas menos gravosas. Para Rodrigo de Melo Teixeira, além das restrições de liberdade, foi determinado o afastamento de funções públicas e a proibição de contato com servidores da Polícia Federal e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
O ministro autorizou a expedição de alvarás de soltura, condicionados ao cumprimento das cautelares, e delegou à Justiça Federal em Minas Gerais a execução das providências necessárias. A decisão mantém o sigilo do processo e confirma que o STF seguirá acompanhando o andamento das investigações.
Últimas notícias
Concluintes do Ensino Médio celebram formatura no Colégio da Polícia Militar da capital
Educação divulga resultado do processo seletivo para gerentes Especiais Regionais
Ilumina Maceió restabelece iluminação na orla de Jacarecica após furto de cabos
Acidente com moto deixa um morto e um ferido em trecho da BR-101 em Joaquim Gomes
Lindomar Castilho, o 'Rei do Bolero', morre aos 85 anos
Justiça manda soltar médica acusada de agredir tia idosa de 77 anos em Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
