Arapiraca

Médica acusada de matar ex-marido retoma trabalho no Hospital de Emergência após decisão judicial

Autorizada a responder ao processo em liberdade, profissional voltou à UTI acompanhada por seguranças

Por 7Segundos 31/12/2025 07h07 - Atualizado em 31/12/2025 08h08
Médica acusada de matar ex-marido retoma trabalho no Hospital de Emergência após decisão judicial
Médica Nádia Tamires - Foto: Reprodução

A médica Nádia Tamyres Silva Lima, acusada de assassinar a tiros o ex-marido, o também médico Alan Carlos de Lima, voltou a exercer atividades profissionais na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, após autorização da Justiça. Ela responde ao processo em liberdade, depois de ter a prisão substituída por medidas cautelares.

De acordo com apuração, a profissional passou a circular nas dependências da unidade hospitalar acompanhada por dois seguranças particulares à paisana. A medida teria sido adotada por razões de segurança, em razão da ampla repercussão do caso. O retorno ao trabalho, no entanto, provocou apreensão entre parte dos servidores do hospital, que relataram preocupação com a segurança de pacientes e funcionários.

Em nota, a direção do HEA confirmou que a médica está legalmente autorizada a exercer a profissão, em cumprimento a decisões judiciais e a deliberações do Conselho de Medicina. A administração do hospital não detalhou, contudo, as circunstâncias relacionadas à presença dos seguranças. Nádia Tamyres atua na unidade como prestadora de serviços desde 2021.

O crime ocorreu em 16 de novembro, em frente a um posto de saúde na zona rural de Arapiraca. Alan Carlos de Lima morreu no local. Horas depois, a médica foi presa em flagrante em Maceió e indiciada por homicídio qualificado. As investigações apontam que imagens de câmeras de segurança e a confissão da acusada confirmam a autoria do crime, e a versão de legítima defesa não foi acolhida pela polícia.

A soltura da médica foi determinada pelo desembargador Ivan Vasconcelos Brito Júnior, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Na decisão, o magistrado considerou que a acusada possui residência fixa, exerce profissão lícita e não representa risco à sociedade, autorizando que responda ao processo em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares.