Isabelle Drummond revela já ter sofrido assédio: 'Parecem coisas pequenas, mas não são'
Atriz interpreta Tina, personagem de Maurício de Souza, e levanta questão do machismo em peça
Mais madura e focada na carreira, a atriz Isabelle Drummond, de 30 anos, está em cartaz em São Paulo com a peça "Tina - Respeito", em que dá vida à personagem Tina, de Maurício de Souza. Em uma versão mais adulta da personagem, ela é uma jornalista que fala sobre temas como abusos contra a mulher, violência e machismo.
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Isabelle falou, em entrevista ao gshow, que o novo trabalho provoca reflexões sobre sua própria vida após completar 30 anos. Ela também compara a vida real com o que acontece com sua personagem na peça. A atriz, inclusive, revelou que já sofreu situações de assédio.
“Foram vários os episódios... Na peça, a Tina tem uma proposta de carreira através da exploração sexual. Nunca passei por uma situação dessas, mas sim por outros tipos de assédio. Desde a escola, com o bullying, o de ser uma atriz famosa e até da implicância dos meninos comigo. Às vezes, as coisas parecem pequenas, mas não são. Nós sempre temos que nos proteger na rua, no carro com o motorista de aplicativo...”, disse ao site.
Isabelle se emocionou ao fazer pesquisas para desenvolver a personagem Tina. Ao longo da preparação, ela ouviu histórias reais de mulheres que passaram pela mesma situação.
"Tiveram coisas que eu não vivi, mas pessoas próximas sim. Tive relatos de mulheres amigas que se abriram e foram fonte de inspiração para mim. Então, nos palcos, tem uma mistura das minhas experiências com a de outras pessoas. Isso tudo fez a construção da Tina", relatou.
Isabelle contou que muitas mulheres a procuram após assistir a peça para relatar os temas que são abordados no palco. "São mulheres e homens chorando com as questões abordadas porque sabemos que os meninos também sofrem com esse tipo de situação. Várias mulheres vieram me contar coisas que passaram e não sabiam que tinham sofrido assédio, mas começaram a entender tudo a partir da peça".
A produção tem apoio da ONU Mulheres, braço da Organização das Nações Unidas, que deu uma consultoria para a peça. Informativos da ONU são incluídos no texto, para que o público aprenda a se defender.
Isabelle diz ter orgulho do trabalho e espera que com ele possa empoderar e educar mais mulheres sobre o preconceito, machismo e violência de gênero.
“O meu papel como artista é dar voz a esse tipo de causa, que já enfrentei. Trabalhei desde cedo e sei o que é ser mulher desde criança. Por isso, é necessário saber que existem várias situações [de preconceito]. Seja na forma de falar com uma mulher diferente numa reunião, não se direcionar a uma mulher, se tiver um homem por perto, entre outras. Já passei por todas essas coisas e vou continuar passando, independente das nossas conquistas e posições. A gente sempre vai ter que se defender de alguma maneira e acho que falar sobre o assunto é a maneira certa", diz.
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