Tempo de Guerra: novo filme da A24 explora sobrevivência no Iraque
O filme Tempo de Guerra é dirigido e tem roteiro de Ray Mendoza, veterano de guerra que sobreviveu a uma batalha em Ramadi, no Iraque
Chancelado por diversos outros filmes de guerra, Tempo de Guerra, da A24, estreia nos cinemas nesta quinta-feira (16). A produção é baseada em uma história real vivida em Ramadi, no Iraque, e tem como diretor e roteirista o veterano Ray Mendoza — que sobreviveu ao conflito retratado.
O longa narra os acontecimentos de 2006, quando um grupo de soldados da Marinha dos Estados Unidos invade uma casa estratégica para garantir a passagem segura de tropas no dia seguinte. No entanto, a operação é comprometida quando eles são descobertos por inimigos, dando início a uma série de ataques enquanto tentam resistir e sobreviver.
Além de Mendoza, Tempo de Guerra também conta com a direção de Alex Garland. A narrativa é inteiramente centrada no grupo de soldados, com pouquíssimas cenas externas, o que reforça a sensação de confinamento e tensão.
Essa escolha narrativa gera duas experiências distintas: a primeira metade pode soar arrastada, já que o foco está na comunicação entre as equipes e na meticulosa preparação para a missão. Por outro lado, esse ritmo mais lento serve como construção de suspense, preparando o terreno para a ação que domina a segunda metade do filme.
A imersão no ambiente permite que o espectador acompanhe de perto as estratégias e entenda a complexidade da comunicação, essencial para a sobrevivência dos personagens.
O filme é, de fato, dividido em duas partes bem distintas. A primeira acompanha o ritmo estratégico e a preparação da missão, enquanto a segunda se transforma completamente após o grupo ser atacado, mergulhando o espectador em cenas intensas de ação.
Um dos grandes destaques da produção é o trabalho de som. Tiros, granadas, aviões e tanques tomam conta da narrativa, criando uma atmosfera imersiva e tensa — o áudio funciona quase como a única trilha sonora, reforçando ainda mais a sensação de realismo.
Com o avanço do conflito, a missão dos soldados passa a ser garantir socorro aos feridos e, principalmente, lutar pela própria sobrevivência. Nesse momento, o filme aposta em uma abordagem mais humana: gritos, expressões de desespero e atuações marcantes deixam claro o sofrimento físico e psicológico dos personagens. A proposta da direção é evidenciar o medo e a vulnerabilidade desses homens, trazendo o público para dentro da experiência.
Diferente de muitos filmes de guerra, Tempo de Guerra não foca em cenas explícitas de mortes ou sangue. A produção aposta em uma fotografia pálida, com tons predominantemente beges e de pouca saturação, reforçando a aridez e a carga emocional do cenário. A câmera alterna entre planos abertos e closes expressivos, o que intensifica a imersão e aproxima o espectador da tensão vivida pelos personagens.
Outro acerto da direção foi manter a narrativa totalmente centrada no grupo de soldados, sem recorrer a cortes para flashbacks ou subtramas. Isso garante que toda a atenção permaneça no conflito, aumentando a sensação de ansiedade e apreensão conforme a trama avança.
Por fim, mesmo sem reinventar o gênero, o longa cumpre com competência sua proposta. Apesar de beber de referências clássicas, o filme é fiel ao que se propõe: retratar com realismo e intensidade a vivência de quem esteve em combate.
Últimas notícias
Sine Alagoas anuncia 3.594 vagas de emprego na semana do Natal
Motociclista embriagado fica ferido após colidir com bicicleta em Arapiraca
Incêndio em vegetação é contido pelo Corpo de Bombeiros em Limoeiro de Anadia
Dino barra trecho de projeto de lei que libera emendas do orçamento secreto
Passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro é anulado após perda de mandato
Confira a programação dos desfiles do Natal de Todos Nós
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
