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Relembre doença que fez Lady Gaga cancelar show no Brasil em 2017

Lady Gaga está de volta ao Brasil após sete anos, mas foi em 2017 que seu nome entrou no debate público sobre uma doença pouco conhecida

Por Metrópoles 02/05/2025 15h03
Relembre doença que fez Lady Gaga cancelar show no Brasil em 2017
Lady Gaga está de volta ao Brasil após sete anos, mas foi em 2017 que seu nome entrou no debate público sobre uma doença pouco conhecida - Foto: Reprodução

Lady Gaga está de volta ao Brasil após sete anos, mas foi em 2017 que seu nome entrou no debate público sobre a fibromialgia. Na época, a cantora cancelou sua apresentação no Rock in Rio alegando fortes dores causadas pela síndrome — condição crônica que ainda não tem cura e afeta milhões de pessoas no mundo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a fibromialgia é caracterizada por dores musculares difusas, fadiga extrema, distúrbios do sono e sensibilidade em diferentes partes do corpo. Não há exames laboratoriais específicos para seu diagnóstico, o que muitas vezes atrasa o início do tratamento.

A condição é mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos e pode ser agravada por traumas emocionais, estresse crônico e transtornos como depressão e ansiedade. “É uma síndrome complexa, com forte ligação entre corpo e mente. A sensibilização do sistema nervoso faz com que o cérebro interprete até estímulos leves como dor intensa”, explica o ortopedista Fernando Jorge, especialista em dor do Hospital Albert Einstein.

Lady Gaga já relatou que o gatilho para o desenvolvimento da fibromialgia foi um abuso sofrido na juventude. Em documentários e entrevistas, a artista expôs sua rotina de dor e exaustão, ajudando a dar visibilidade à doença.

Embora sem cura, a fibromialgia pode ser controlada com acompanhamento médico, uso de medicamentos, fisioterapia, alimentação balanceada e terapias integrativas como acupuntura e mindfulness. “Com o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida do paciente. O caso de Gaga é fundamental para desmistificar a síndrome e incentivar o diagnóstico precoce”, destaca o especialista.