Música

Fernanda Abreu defende atualização de letras de músicas

Fernanda Abreu fala de pioneirismo, maturidade, defende a prerrogativa de compositores atualizarem as letras e elogia Anitta: “Ela é f*d@”

Por Metrópoles 11/05/2025 12h12 - Atualizado em 11/05/2025 12h12
Fernanda Abreu defende atualização de letras de músicas
Fernanda Abreu fala de pioneirismo, maturidade, defende a prerrogativa de compositores atualizarem as letras - Foto: Reprodução

Era 1990 quando Fernanda Abreu sacudiu o marasmo do mercado fonográfico com “um novo som na praça”. Com SLA Radical Dance Disco Club, a artista tirou o público antenado para dançar e encorajou Tigronas e Tigresas a saírem da toca.

Inventiva e corajosa, ela (que começara como backing da Blitz) reencontrou seu lugar (de fala e de canto) no segmento onde reina soberana há décadas, conseguindo um feito: ser camaleônica sem perder a (alta) fidelidade à sua sonoridade e a si própria. “A mulher tem de se posicionar”, defende ela nesta entrevista ao NEW MAG. 

A seguir, Fernanda fala de pioneirismo, maturidade, aplaude a legitimidade do funk, lamenta o fatiamento territorial do Rio de Janeiro entre facções, defende a prerrogativa de os compositores atualizarem suas letras e não mede palavras ao falar de Anitta: “ela é foda”.

Marina Lima, que surgiu na virada entre os anos 1970 e 80, se definiu certa vez como temporã de uma geração e primogênita de outra. Você se sente assim em relação à turma do rock e aos artistas dos anos 1990?

Exatamente assim. A Blitz surgiu em 1982, quando o país passava por uma abertura política e precisava resgatar as liberdades perdidas. Ainda que não estivesse num protagonismo, cantar ali me possibilitava realizar algo na música, na dança e na performance. E assim foi até1986. Com o meu primeiro disco (Sla Radical Dance Disco Club), por trabalhar com o Fausto (Fawcett) e com o Laufer, houve um corte bem radical. Aquele trabalho foi pioneiro ao se utilizar de tecnologias que estavam surgindo. Então, nesse sentido, fui temporã e primogênita.