Dirigente que tentou subornar árbitro a favor de adversário do CSA é banido do futebol
O Diretor de Futebol do Brasiliense, Paulo Henrique Lorenzo, foi banido do futebol e multado em R$ 20 mil no STJD. Denunciado por tentar subornar o árbitro e manipular o resultado da partida entre Manaus e CSA, pela Copa do Brasil 2018, o dirigente foi julgado e punido na noite desta quinta (2), pelos Auditores da Quinta Comissão Disciplinar. A decisão, proferida por unanimidade dos votos, cabe recurso e deve chegar ao Pleno, última instância nacional.
O processo teve origem após o árbitro escalado para a partida, Vanderlei Soares de Macedo revelar um dia antes do jogo ter sido abordado e recebido uma proposta para favorecer a equipe de Manaus. Vanderlei revelou que o auxiliar de fisioterapeuta do Brasiliense chamado Pedro Crema o abordou dois dias antes da partida durante uma clínica de treinamento para árbitros no DF e ofereceu o valor de R$ 20 mil para que o mesmo favorecesse a equipe do Manaus na partida.
Pedro Crema foi denunciado e em julgamento confirmou em depoimento pessoal que tentou subornar o árbitro a mando de Paulo Henrique, Diretor de Futebol do Brasiliense. Pedro juntou provas e acabou foi punido com suspensão de 365 dias e multa de R$ 10 mil.
Aberto inquérito para apurar a declaração do auxiliar de fisioterapia, Paulo Henrique foi ouvido em Brasília e negou conhecer Pedro ou ter conhecimento do suborno. Com as contradições, foi então agendada uma acareação entre Paulo Henrique e Pedro na sede do STJD no dia 26 de junho. Intimado, Paulo Henrique solicitou adiamento. Com a negativa, a defesa do dirigente pediu então que o mesmo fosse ouvido através de videoconferência, mas no dia e horário combinado Paulo Henrique não foi encontrado no hotel que disse estar e não atendeu as ligações do tribunal. Pedro Crema prestou novo depoimento.