Flamengo não afrouxa quanto a saídas e frisa alternativas para Jesus
Em bate-papo com jornalistas, dirigentes do Fla falaram sobre a importância da manutenção do grupo de 2019. Mesmo com Michael a caminho, Vitinho, por exemplo, fica
Não é novidade o fato de o Flamengo estar agressivo no mercado, o que não significa afrouxamento quanto aos jogadores menos utilizados por Jorge Jesus em 2019. Propostas já chegaram, embora o clube desconverse, mas a tendência é que, ao menos neste primeiro instante, as saídas se limitem a Rodinei (empréstimo junto ao Internacional), Rhodolfo (sem contrato e fechado com o Coritiba) e Reinier (em negociações avançadas com o Real Madrid).
Na última quinta-feira, Marcos Braz, vice-presidente de futebol, e Bruno Spindel, diretor de futebol, falaram com jornalistas nas dependências do Ninho do Urubu. Um dos pontos destacados foi a importância de manter e valorizar o grupo campeão do Brasileiro e da Libertadores no ano passado.
- Quem já vem buscar jogador no Flamengo já vem com juízo. A ideia é manter o time - afirmou Braz.
O calendário inchado para o clube, que pode jogar até 82 jogos no ano, justifica a postura. Veja exemplos de "amarras":
SOBRE VITINHO
Michael está por detalhes de ser anunciado. No entanto, mesmo com ofertas na mesa da direção rubro-negra, Vitinho não deve deixar o clube em contrapartida. Spindel explicou e deu a entender que Jorge Jesus confia na evolução do camisa 11, que tem altos vencimentos e recebeu proposta nesta janela (cujo clube não foi revelado pelos dirigentes).
- Queremos manter todo o elenco campeão. O Vitinho deve ser quem mais entrou nos jogos em 2019, é muito importante para o grupo.
- Às vezes, as pessoas interpretam errado o fato do Michael estar chegando. Temos a consciência de que precisamos de um elenco de qualidade e que dê alternativas para o técnico - completou o executivo.
BRUNO HENRIQUE NA FILA PARA RENOVAR
Bruno Henrique tem vínculo com o Flamengo até o fim de 2021. Para muitos torcedores, o camisa 27 é a peça mais importante da equipe. Não à toa, está valorizado e, de acordo com a apuração do LANCE!, recebeu ofertas de quatro clubes da China. Porém já há conversas por renovação e reajuste salarial, a fim de valorizá-lo e não correr o risco de vê-lo partir nesta temporada.
- Temos o sentimento de sempre querer deixar o jogador feliz. Estamos conversando para uma possível prorrogação de contrato, mas com calma. Ele (Bruno Henrique) ainda tem mais dois anos de contrato com o Flamengo, é bom destacar - disse Braz.
BERRÍO COM MORAL
'É jogador do Flamengo, duas vezes campeão da Libertadores e da seleção colombiana', disse Braz (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)
Com a provável chegada de Michael e mais a confirmada de Pedro Rocha, Orlando Berrío tende a descer ainda mais degraus na concorrência. O Coritiba, recentemente, sondou a sua situação e cogitou um empréstimo, mas as conversas não amadureceram.
Segundo palavras de Marcos Braz, Berrío é um jogador muito querido pelo grupo e que tem a sua importância técnica no elenco. Além disso, foi destacado os seus dois títulos de Libertadores (um pelo Atlético Nacional). O colombiano tem mais um ano de contrato com o Rubro-Negro.
E GABIGOL?
Hoje, Gabigol não tem mais vínculo com o Flamengo, já que o seu contrato de empréstimo junto à Inter de Milão se encerrou. Logo, o o camisa 9 não depende apenas do Rubro-Negro para permanecer no Ninho. Mas as negociações para a compra, na casa dos 16 milhões de euros (R$ 72 milhões), "andaram". Neste tema, Braz foi sucinto, mas animou a Nação.
- Andou (sobre a negociação), mas ainda não foi possível (fechar o negócio). Na Itália sai muita coisa, né? Com todo respeito a imprensa italiana... Mas eu já estou legal da Itália (risos).
Gabigol esteve na Vila Belmiro na última tarde. A citação da imprensa italiana tem a ver com a informação do jornal "Corriere dello Sport", que noticiou que o goleador recuou nos valores inicialmente pedidos ao Flamengo: de 5,5 milhões de euros por ano para o aceite da oferta de 4 milhões de euros anuais, cerca de R$ 1,5 milhão mensais. A aguardar o desfecho do mais encardido negócio nesta janela, em prol do pedido por aumento da concorrência interna.