Jogadores da seleção do Peru apoiam protestos contra novo governo
Atletas, que nesta sexta-feira enfrentam o Chile pelas Eliminatórias, são críticos do presidente Manuel Merino

"O Peru é do povo e não dos políticos", declarou o jogador da seleção Renato Tapia, que, como outros atletas, decidiu apoiar os protestos contra o novo governo de Manuel Merino. Nesta sexta-feira, o Peru enfrenta o Chile, em Santiago, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. "Somos um povo que durante muito tempo se calou... Mas acima de tudo, foi esquecido. É hora de dizer basta. Não podemos deixar que pessoas que não nos representam nos governem e acima de tudo queiram fazer do nosso país, da nossa pátria, um negócio", escreveu Tapia, jogador do Celta de Vigo, da Espanha, no Instagram.
Da concentração da seleção peruana em Santiago, os jogadores acompanham a crise desencadeada em seu país após a destituição do presidente Martín Vizcarra e a posse de Merino como novo presidente. Milhares de peruanos têm saído às ruas diariamente para protestar desde terça-feira.
"O que está acontecendo me dói muito", afirmou o meia Edison Flores, do D.C. United, dos Estados Unidos. "Tenho claro que a partida mais importante é a da luta pelos nossos direitos."
"A classe política está desacreditada no país e nossos irmãos sofrem com as más decisões", destacou o lateral-esquerdo Miguel Trauco, ex-Flamengo e hoje no Saint-Etienne, da França, nas redes sociais.
Reflexo da baixa popularidade dos políticos peruanos, um ex-jogador de futebol lidera as pesquisas para as eleições presidenciais de abril: George Forsyth, ex-goleiro do Alianza Lima e que chegou a disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Forsyth disse que a destituição de Vizcarra foi um "golpe disfarçado".
O atacante Paolo Guerrero, que atua no Internacional, mas está afastado dos gramados devido a uma lesão, também se pronunciou: "Meus melhores votos ao meu país e a todos vocês que hoje enfrentam a incerteza da covid-19 e a instabilidade política. Força, meu povo", pediu o principal jogador da seleção peruana.
"Rezo por minha pátria e que os políticos ouçam e entendam os sentimentos do povo peruano. Manifeste-se pacificamente, não à violência", disse o meia Cueva, ex-São Paulo e Santos, que hoje atua no Yeni Malatyaspor, da Turquia.
O atacante Jefferson Farfán, outro pilar da seleção peruana, mas que não foi convocado por lesão, pediu aos compatriotas que não desistam. "Não vamos parar de lutar, nunca vamos parar de acreditar que todos juntos poderemos fazer o Peru seguir em frente apesar das adversidades", afirmou.
O técnico do Peru, o argentino Ricardo Gareca, foi mais comedido ao comentar a instabilidade política do país. "É importante que o Peru tenha uma unidade nacional, espero que a paz e a tranquilidade possam reinar", disse.
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