Uma vaquinha feita por torcedores para ajudar o atleta de arremesso de peso Darlan Romani, no ciclo olímpico para Paris 2024, ultrapassou o valor destinado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a atletas que voltaram da Olimpíada de Tóquio com a medalha de ouro.

Restando ainda seis dias para o fim da vaquinha, o montante arrecadado já passou de R$ 270 mil reais, superando a marca de R$ 250 mil destinado pelo COB aos campeões, que também era o objetivo da doação que foi criada pela página 'Razões para Acreditar', e que foi divulgada pelo Lance! logo no inicio.

Os valores são diferentes para esportes individuais ou dupla e esportes coletivos. Os esportistas de ouro em modalidades individuais ou dupla levam para casa R$ 250 mil (dividindo o valor se for uma dupla).

A medalha de prata rende R$ 150 mil; e o bronze, R$ 100 mil. Já os esportes coletivos dividem um valor maior: ouro vai render R$ 750 mil; a prata, R$ 450 mil e o bronze, R$ 300 mil.

História de Darlan comoveu os brasileiros

Darlan Romani ficou na quarta colocação do arremesso de peso nos Jogos Olímpicos de Tóquio e não alcançou a tão sonhada medalha. O brasileiro teve seis tentativas e conseguiu um 21,88m como melhor marca. O ciclo olímpico dele foi marcado por muitas dificuldades e por uma exposição nacional fora do esporte, no quadro 'Lata Velha', do programa 'Caldeirão do Huck', da Globo.

Além das dificuldades financeiras, Romani se viu encurralado pela Covid-19. O atleta contraiu o vírus junto com a família antes dos Jogos e, isolado, treinou em um terreno baldio, sem o técnico, que voltou para Cuba, para não perder a forma e sonhar com uma medalha, que não foi possível.

Após denúncias feitas pela esposa de Darlan, contra a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), sobre as condições de treinamento do atleta, e a declaração dele de que daria 300% de si em Paris, a vaquinha foi feita, alcançando quase 100 mil já no primeiro dia. Darlan segue seu treinamento em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo, onde mora com a família.