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Fluminense tem histórico favorável em mata-matas como mandante pela Libertadores

Tricolor passou com tranquilidade pelo Millonarios e agora busca vaga na fase de grupos da competição

Por Yahoo Esportes 03/03/2022 11h11 - Atualizado em 03/03/2022 11h11
Fluminense tem histórico favorável em mata-matas como mandante pela Libertadores
Fluminense venceu o Millonarios pela segunda fase da Libertadores - Foto: Staff images/ CONMEBOL

Assim como na última temporada, o Fluminense começou a Libertadores empolgando a torcida. Após garantir a vitória sobre o Millonarios nas duas partidas da segunda rodada, o Tricolor conquistou a marca de ter a segunda maior sequência invicta da história do clube. Além disso, o clube completou onze jogos invictos em mata-matas no torneio com o mando de campo. Em uma competição marcada pela altitude, as últimas participações do time mostram a importância de garantir o resultado em casa.

A primeira atuação do Fluminense em uma Libertadores ocorreu em 1971. Naquele ano, a busca pela glória eterna terminou cedo para o time, que perdeu para o Palmeiras no Maracanã ainda na fase de grupos. Os dois eram os únicos representantes brasileiros do torneio. O Tricolor só voltou a participar de uma edição em 1985, após conquistar o Brasileiro de 1984. Porém, o time acabou sendo eliminado também na fase de grupos, junto com o Vasco.

No século XXI, o Flu viveu seus dias de glória no torneio. Em 2008, terminou em primeiro lugar do Grupo 8. Nas oitavas, bateu o Atlético Nacional por 1 a 0, no Maracanã, depois de triunfar na Colômbia. Nas quartas, superou o São Paulo no histórico 3 a 1 em casa. Depois, venceu o Boca Juniors por 3 a 1 no Maracanã e avançou para a final. Contudo, perdeu o primeiro jogo da decisão por 4 a 2. No Rio de Janeiro, o time reagiu e conseguiu marcar três gols, mas o quinto gol da LDU deu ao Tricolor o vice-campeonato.

Em 2011, o Fluminense também encerrou a primeira etapa da Libertadores como líder do Grupo 3. No mata-mata, venceu o Libertad por 3 a 1, no Engenhão, mas perdeu perdeu por 3 a 0 no Defensores Del Chaco e se despediu da competição de forma precoce. No ano seguinte, também chegou às eliminatórias e eliminou o Internacional, após o empate sem gols no Beira-Rio e a vitória por 2 a 1 no Rio de Janeiro. Nas quartas, perdeu para o Boca Juniors por apenas 1 a 0 na Bombonera, mas não conseguiu reverter o resultado em casa e o argentinou terminou classificado.

Na edição de 2013, a história foi diferente. O Tricolor chegou às oitavas e perdeu para o Emelec por 2 a 1 como visitante, mas recuperou em São Januário com o placar de 2 a 0. Contudo, o time encarou o Olimpia na fase seguinte e, no mesmo local em que disputou a etapa anterior, terminou em um empate sem gols. Na segunda partida, foi eliminado no Defensores Del Chaco.

Na última temporada, o Tricolor começou bem a Libertadores e se classificou para as eliminatórias após vencer o River Plate por 3 a 0 no Monumental de Núñez. Pelas oitavas, venceu o Cerro Porteño na ida e na volta. Nas quartas de final, o Flu sofreu com o critério do gol qualificado, que foi extinto nesta edição. Após o empate por 2 a 2 no Maracanã, novamente teve o placar igualado por 1 a 1 no Equador e foi eliminado pelo Barcelona-EQU.

Em 2022, a equipe fez o dever de casa na fase inicial da Libertadores, etapa inédita para o clube. No El Campín, venceu o Millonarios por 2 a 1, assim como confirmou a classificação em vitória por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Em onze jogos, o Tricolor acumula oito vitórias e três empates em mata-matas pela Libertadores com o mando de campo. Nos confrontos, a equipe marcou 21 gols e sofreu apenas oito, o que representa um aproveitamento de 82%. Os dados são dos sites 'Footstats' e 'Estatísticas Fluminense'.

O histórico de participações do Fluminense em mata-matas na Libertadores deixa lições. Na única ocasião em que o Tricolor precisou reverter um resultado em casa, na final de 2008, a equipe não foi capaz de garantir o título. Nas edições em que deixou a decisão em aberto, por empate, o time também foi eliminado fora do Rio de Janeiro, a exemplo de 2011, 2013 e 2021. Tanto pela altitude quanto pelo nível da competição, desperdiçar uma rodada pode ser fatal para o Fluminense ou qualquer equipe que busque a taça continental.