Após vice da Copa do Brasil, Vítor Pereira exalta o Corinthians, mas diz: 'Parabéns é quando se ganha'
Treinador português lamentou as oportunidades desperdiçadas
O técnico Vítor Pereira mostrou orgulho, mas não satisfação com o vice-campeonato da Copa do Brasil pelo Corinthians. Na noite desta quarta-feira (19), o Timão foi derrotado pelo Flamengo nos pênaltis, no estádio do Maracanã, na final do torneio nacional, após empatar em 1 a 1 no tempo normal. Durante a entrevista coletiva, o treinador corintiano interrompeu a pergunta de um repórter e pediu para não receber os parabéns.
- Não me dê os parabéns. Parabéns é quando se ganha - destacou o português.
Ainda assim, Vítor elogiou o desempenho do time alvinegro no confronto decisivo e exaltou o seu elenco pela apresentação no Rio de Janeiro.
- Temos um grupo unido, de caráter, um grupo que conseguiu, um grupo forte que, mesmo em desvantagem não foi diferente, não perdeu a cabeça, não perdeu o sentido do jogo. O grupo está triste, mas o projeto que fizemos e aquilo que criamos no jogo eu acho que a torcida deve estar orgulhosa, eu também conheço a torcida. Corremos, jogamos, lutamos, impostamos o Flamengo lá atrás, criamos muitas dificuldades, calamos o estádio, durante algum tempo deu para ver que eles estavam com medo de perder o jogo. Perdemos nos pênaltis. A torcida deve estar orgulhosa como eu estou dos jogadores e dizer a eles que estamos juntos, vamos continuar a luta, a orgulhar o nosso torcedor e procurar títulos no futuro - ressaltou VP.
Para Vítor, o Corinthians merecia mais a vitória, que não veio na disputa por pênaltis que, segundo o técnico, não é uma questão de sorte, mas sim, tem a ver com a parte psicológica.
- Pênalti é trabalho, não é uma questão de sorte, mas manter a tranquilidade, paz de espírito, sob pressão, decidir bem. Eles conseguiram marcar mais um pênalti que nós e venceram. É lamentar, pelo que fizemos. Merecíamos mais, mas é futebol - disse Vítor Pereira.
EXPLICAÇÕES
A escalação inicial do Corinthians surpreendeu. Adson e Ramiro brigavam por uma vaga no lado direito do ataque, mas o escolhido foi Lucas Piton.
- Controlar largura quando se tem dois homens completamente abertos, e o objetivo de deixar o Róger (Guedes) mais alto. Tivemos Róger (Guedes) e Yuri (Alberto) mais altos nas linhas de frente, variaram bem o jogo de um lado e outro, fazer correr atrás da bola. Sofremos aquele gol e depois voltamos ao 4-3-3 habitual para ter mais bola e ir para cima e acho que conseguimos isso tudo ao empate. E depois a tristeza grande, mas é o futebol. Seguir em frente. A torcida deve se sentir orgulhosa, e eu estou orgulhoso - destacou Vítor Pereira.
No segundo tempo, Vitor colocou Giuliano no lugar de Du Queiroz e o meio-campo do Timão teve o camisa 11 ao lado de Renato Augusto. Contudo, o técnico português explicou o motivo pelo qual não insere mais a dupla junta.
- Quem você tiraria da equipe para colocar o Giuliano? Entrar no 4-4-2 com Renato e Giuliano no meio? Futebol não é Playstation. Para equilibrar a equipe tem que correr muito. A equipe tem que ser equilibrada, tem que atacar e defender - disse o lusitano, de forma contundente.
Agora, a missão corintiana até o fim da temporada será classificar o clube à fase de grupos da Libertadores do ano que vem, através do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Coringão é o quinto colocado, com 54 pontos. Mas como o Flamengo foi campeão da Copa do Brasil, o G4 se tornou G5, englobando o Timão no grupo de promovidos diretamente às chaves da Liberta, no momento.
O próximo compromisso corintiano será já neste sábado (22), contra o Santos, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Brasileirão.