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Jogador marroquino conta que vendeu Ferrari por uma vida simples

Adel Taarabt, meio-campista marroquino de 33 anos que atualmente joga pelo Al-Nasr na UAE Pro League, falou da mudança de vida quando foi jogar em Portugal

Por Yahoo Esportes 09/03/2023 10h10
Jogador marroquino conta que vendeu Ferrari por uma vida simples
Adel Taarabt foi convocado 21 vezes para a seleção do seu país, onde anotou quatro gols. - Foto: Matthew Ashton - AMA/Getty Images

Adel Taarabt, meio-campista marroquino de 33 anos que atualmente joga pelo Al-Nasr SC na UAE Pro League em Dubai, falou sobre sua conversão particularmente vital quando assinou pelo Benfica em 2015 depois de ter jogado pelo Lens, Tottenham, Queens Park Rangers, Milan e Fulham.

Em Portugal, o futebolista marroquino tornou-se um meia mais defensivo, mas a sua mudança não se limitou apenas a posição no gramado.

"Quando cheguei ao Benfica, vi os rapazes de 15 anos, fiquei chocado! São os primeiros na academia, aprimorando a parte física. Depois do treino voltam para a academia. Os portugueses tem a melhor mentalidade", explicou o marroquino em entrevista ao portal '90football' .

Adel Taarabt reconhece que "saí de Londres, cheguei a Lisboa num Ferrari" e que “quando cheguei ao parque de estacionamento, sabe que carros vi? Peugeot 307, 407... Sabe o que vestiam? Adidas, Nike e patrocinadores. Nada de Givenchy, Balmain ou Dolce & Gabbana”, descreve o futebolista para explicar a diferença de estilo de vida que viu entre os jogadores do Benfica e os da Premier League.

“Vendi a Ferrari, comprei um Mercedes Classe A, que vida! Vida magnífica e simples”, lembra Taarabt.

O marroquino teve seu melhor momento no Queens Park Rangers, onde ficou entre 2009 e 2015. No clube inglês disputou mais de 160 jogos e fez 34 gols. Além disso foi convocado 21 vezes para a seleção do seu país, onde anotou quatro gols e chegou a ser capitão em amistoso contra o Gabão em 2014.

O fato de ser muçulmano interfere um pouco com a vida de jogador de futebol, mas Taarabt pratica a religião e não parece ter problemas em conciliar a atividade profissional com isso. Falando do Ramadã, o jogador explica: “Em dias de jogo não faço jejum, faço-o mais tarde. É algo que a religião permite a atletas profissionais”.