São Paulo não faz queixa criminal sobre gritos homofóbicos da torcida do Corinthians; arbitragem relata na súmula
Diretoria do Tricolor aguardará medidas a serem tomadas pela CBF; segundo o CBJD, punição pode chegar a perda de pontos e multa de até R$ 100 mil

Durante o segundo tempo do empate em 1 a 1 entre Corinthians e São Paulo, a arbitragem parou o jogo por conta de gritos homofóbicos da torcida corintiana contra os são-paulinos. O Tricolor, no entanto, não fez queixa criminal contra os rivais e a situação será discutida somente no âmbito desportivo. Após a partida, o presidente são-paulino Julio Casares disse que aguardará que as medidas cabíveis sejam tomadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
- Os fatos foram relatados pelo árbitro pela súmula e espero que a CBF tome as medidas cabíveis com base no que for documentado - disse o mandatário do Tricolor na zona mista após a partida.
O episódio foi relatado na súmula pelo árbitro Bruno Arleu de Araújo.
- Informo que aos 18 minutos do 2º tempo paralisei a partida por 2 minutos devido gritos homofônicos (seria homofóbicos) da torcida "vamos Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar". Sendo informado no som e no telão do estádio para que os gritos cessassem. Mesmo assim, a torcida continuou gritando efusivamente. E após os gritos cessarem, a partida foi reiniciada. Fato esse comunicado ao delegado da partida e ao chefe do policiamento - escreveu Bruno Arleu.
Essa não é a primeira vez que casos de homofobia são relatados pela arbitragem em um duelo entre Corinthians e São Paulo. No duelo válido pelo Brasileirão do ano passado, o árbitro Wilton Pereira Sampaio destacou no documento que havia sido informado sobre os cantos pela comissão técnica são-paulina e pediu para que o delegado da partida pedisse para que parassem. O sistema de som da Neo Química Arena foi acionado.
Neste fim de semana, a comunicação através do departamento de multimídia do estádio corintiano foi utilizada, ainda no primeiro tempo, mas o pedido não foi atendido pela Fiel, que a cada vez que era solicitada para interromper as canções homofóbicas aumentava o volume. Por conta dos gritos homofóbicos, o Corinthians pode ser enquadrado no artigo 243 - G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que trata sobre ‘praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência’. A pena pode chegar até a perda de pontos (três) e multa de R$ 100 mil.
Veja também
Últimas notícias

Corpo de mulher é encontrado em residencial em Arapiraca

Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e voltar a bombear faixa de Gaza

Ladrões invadem museu do Louvre e roubam joias de Napoleão

CFM defende proibição de enfermeiros atuarem em abortos legais

Ninguém acerta as seis dezenas da Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 76 milhões

Comunidade de Mangabeiras celebra nova fase com entrega de obras de pavimentação e drenagem em Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas

Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca
