Morre Maguila, ícone do boxe brasileiro, aos 66 anos
Maguila foi um dos maiores nomes do boxe brasileiro, lutando profissionalmente entre 1983 e 2000
José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24) aos 66 anos. O ex-pugilista sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma condição neurodegenerativa similar ao Alzheimer, que acomete muitos atletas de esportes de impacto devido aos repetidos golpes na cabeça. A notícia foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, ao programa "Balanço Geral", da Record.
Maguila vivia há mais de sete anos em uma clínica em Itu, no interior de São Paulo, onde recebia cuidados devido à evolução da doença, também conhecida como "demência pugilística". A enfermidade, progressiva e incurável, é diretamente relacionada aos danos acumulados ao longo de sua carreira de duas décadas no boxe. Em uma de suas últimas aparições públicas, em 2022, Maguila falou ao GE: "Quero mandar um abraço para todo o povo brasileiro que me viu lutar. Estou bem e fiquem tranquilos. Só não posso mais lutar, mas estou bem".
Sua esposa, Irani, também falou sobre os cuidados que ele recebia: "Ele tem uma doença degenerativa e progressiva, mas temos uma equipe que cuida dele 24 horas. A cada dia vemos o carinho que as pessoas têm por Maguila".
Maguila foi um dos maiores nomes do boxe brasileiro, lutando profissionalmente entre 1983 e 2000. Em 85 lutas, obteve 77 vitórias, 61 delas por nocaute, além de sete derrotas e um empate técnico. Enfrentou grandes nomes do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman. Nascido em 11 de julho de 1958, em Aracaju, ele deixou sua marca como um dos principais pesos-pesados do país. Casado com Irani por 41 anos, Maguila deixa três filhos: Adílson, Adenílson e Edmilson.
*Estagiário sob supervisão