Esportes Brasil

Trocas e tática mal executadas: escolhas de Carille comprometem o Vasco

Reconhecido por montar times sólidos na retaguarda, Carille vê sua marca ser questionada

Por Lane Gois 06/04/2025 09h09
Trocas e tática mal executadas: escolhas de Carille comprometem o Vasco
Vasco perdeu para o Corinthians no Brasileirão - Foto: Fabio Giannelli/AGIF

A derrota para o Corinthians no sábado (5), escancarou problemas que vão além da justificativa apresentada por Fábio Carille. Após o jogo, o técnico citou o fator psicológico como o principal responsável pelo desempenho ruim da equipe, mas ignorar outras falhas pode ser um erro estratégico diante da realidade apresentada em campo.

De olho na Sul-Americana, o treinador optou por preservar a maior parte do elenco titular e escalou o time com oito mudanças em relação à formação considerada ideal. Do meio para frente, o Vasco entrou em campo praticamente com uma equipe reserva, o que comprometeu a consistência coletiva.

A decisão de Carille teve impacto direto no rendimento. Prova disso foram as entradas de Hugo Moura, Nuno Moreira e Vegetti no segundo tempo, jogadores que elevaram o nível técnico da equipe, mas já encontraram o placar adverso encaminhado.

Além da escalação alternativa, o treinador modificou também a estrutura tática. O tradicional 4-2-3-1 deu lugar a um 4-3-1-2, com três volantes no meio-campo. A mudança, inédita desde sua chegada ao clube há três meses, não surtiu efeito e contribuiu para a falta de organização dentro de campo.

Outro ponto de preocupação é o sistema defensivo. Reconhecido por montar times sólidos na retaguarda, Carille vê sua marca ser questionada. Nas últimas três partidas por competições relevantes, o Vasco sofreu sete gols. Se incluídos os dois tentos anulados diante do Corinthians, o número sobe para nove, uma média alarmante.

Depois de uma semana longe do Rio de Janeiro, o elenco se reapresenta no CT Moacyr Barbosa para se preparar para a segunda rodada da Sul-Americana. O próximo desafio será nesta terça-feira (9), às 21h30, em São Januário, contra o Puerto Cabello, da Venezuela. A partida será decisiva para a reação do time e para o técnico, que já começa a conviver com pressão no comando cruz-maltino.

*Estagiário sob supervisão