Segurança Pública tenta dar resposta rápida a violência contra PM´s
Um domingo de luto. Uma segunda-feira de susto. Uma terça-feira de intensas movimentações. A Segurança Pública do Estado tenta dar uma resposta rápida aos atos de violência sofridos por integrantes da Polícia Militar. A morte do capitão da PM, Rodrigo Rodrigues, ocorrida durante uma abordagem policial no final de semana teve mais um desdobramento nesta terça-feira (12). As amostras colhidas no suspeito de ter disparado contra o militar serão enviadas para Brasília, onde será feito o exame residuográfico. Ainda durante todo o dia de hoje, o Serviço de Inteligência da corporação e as diligências das equipes seguiam firmes em busca da localização dos suspeitos de terem baleado o cabo José Américo da Silva ontem.
As amostras colhidas em Agnaldo Lopes de Vasconcelos, 49, suspeito de ter atirado contra capitão Rodrigues, vitimando fatalmente o PM, serão encaminhadas pela Polícia Federal para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, onde serão analisadas pelo Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) da Polícia Federal.
Segundo o chefe do Instituto de Criminalística (IC), José Cavalcante de Amorim Medeiros, todo o material foi colido instantes após o crime por uma equipe do IC, ainda na delegacia responsável pelo flagrante. Durante a captação de material o perito utilizou coletores chamados “stub” (pequenos adesivos protegidos em frascos plásticos). O Material foi lacrado e preparado para o envio. O exame é utilizado para identificar vestígios de pólvora nas mãos do suposto atirador.
“Como Alagoas não possui esse equipamento, entrei em contato com a equipe de peritos da PF, com quem nutrimos uma parceria, e eles prontamente se disponibilizaram a nos ajudar enviando o material para o Instituto Nacional de Criminalística, onde se encontram os laboratórios utilizados para exames da Polícia Federal” disse o perito criminal, ressaltando que a expectativa é que o laudo saia em 15 dias.
A defesa de Agnaldo, contestou as informações divulgadas sobre a ocorrência. O suspeito teria alegado legitima defesa, informando que a guarnição afirmou que a casa estava cercada. Agnaldo teria dado um tiro de advertência, sem saber que realmente estaria falando com militares, e que só disparou em direção ao capitão após a guarnição ter atirado.
O Comando da PM, ressaltou nessa terça-feira, que confia na declaração prestada pelos militares em depoimento. E que o proprietário do celular roubado, que acompanhou a ação, é uma testemunha fundamental.
A Polícia Militar ainda esclareceu que está empenhando todos os esforços na tentativa de localizar os criminosos que dispararam contra o cabo do 5° Batalhão, José Américo da Silva, 53. O Serviço de Inteligência tenta obter informações que levem as equipes em diligência até os criminosos que poderiam terem sido baleados durante a troca de tiros com o cabo ou com a guarnição que tentava recuperar o veículo roubado do PM.
Socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE) por uma testemunha da ação, o cabo José Américo , já teve alta médica e retornou para casa.
Entenda os casos:
O capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, 32 anos, foi morto a tiros quando atendia a uma ocorrência no fim da noite deste sábado (9}, no bairro de Santa Amélia, em Maceió. Ele estava na supervisão do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRP).
O capitão e mais três militares foram à ocorrência para localizar suspeitos de terem roubado um celular. Devido ao sistema de rastreamento, os policiais conseguiram encontrar o aparelho no imóvel em que Rodrigo foi alvejado. O PM chamou o proprietário por cima do muro da casa, mas foi surpreendido pelos tiros. Um dos disparos de arma de fogo atingiu o capitão que não resistiu aos ferimentos e morreu.
Um cabo da Polícia Militar foi baleado nas costas na tarde desta segunda-feira (11), no bairro da Serraria. Segundo as primeiras investigações, o militar, que estava sendo atendido em um estabelecimento comercial foi alvejado com um tiro na altura do tórax após ter reagido a uma tentativa de assalto. A vítima também teve o carro roubado.
José Américo da Silva, 53, é cabo do 5º Batalhão, e estaria em uma assistência técnica de celulares. No local ele teria sido surpreendido por criminosos armados. O PM chegou a trocar tiros com os bandidos, mas foi atingido no tórax.