Intenção de Consumo tem desempenho mais fraco dos último 12 meses
A pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió, desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com Instituto Fecomércio/AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), aponta nova queda no indicador.
Em março, o ICF alcançou 90,9 pontos contra 97,7 registrados em fevereiro. É o desempenho mais fraco dos últimos 12 meses. Em meio à recessão, ao desemprego, à retração do crédito e ao aumento da inadimplência no Brasil e em Alagoas, faz dois meses que Maceió se situa abaixo do piso de satisfação, reforçando o momento econômico pelo qual o Brasil está passando.
O assessor econômico da Fecomércio AL, Felippe Rocha, explica que, quando abaixo dos 100 pontos, os indicadores sinalizam uma menor capacidade de consumo das famílias, pois reforça a depressão nos salários, a sensação de inquietação sobre os postos de trabalho e da capacidade de adquirir bens; circunstâncias decorrentes do nível de inflação na economia brasileira alagoana.
Desempenho
Na variação mensal, houve uma acentuada redução de 6,96% na intenção de consumo da capital, enquanto na média brasileira esse recuo foi de 1,6%. Quando comparamos a março de 2015, a queda é ainda maior em relação à Maceió: 26,81% ( e 29,92% para o Brasil).
Analisado por faixa de renda, as famílias com renda superior a 10 salários mínimos - onde se encontram as classes A e B da capital - começaram a reduzir suas intenções de consumo a patamares abaixo de 100 pontos, sinalizando que os aumentos dos preços começam a serem sentidos por essa população, havendo uma redução de 9,18% quando comparado a fevereiro. Já para a faixa de renda abaixo de 10 salários mínimos, a queda para níveis menores do que 100 pontos já aparecem desde o mês passado; sinal de que para famílias das classes C, D e E os efeitos da crise são muito maiores em sua renda e emprego do que nas classes superiores.
No tocante à situação do emprego, a pesquisa apontou que há uma preocupação acerca da manutenção do mesmo e um aumento da parcela de entrevistados em situação de desemprego, reforçando os dados do CAGED, os quais demonstram que somente nos dois primeiros meses do ano, pelo menos 12 mil pessoas foram desligadas das inúmeras atividades produtivas de Alagoas.
“Entre fevereiro e março houve um aumento de 2,4% dos entrevistados que se autodenominaram ‘desempregados’. Do restante do perfil de situação de emprego analisado, também ocorreu uma redução de 3% nos níveis de segurança e um aumento de 1,3% na insegurança sobre a manutenção do emprego, inibindo a população a fazer dívidas de longo prazo e a adquirir bens de consumo duráveis, como os carros, eletrodomésticos em geral”, avalia Felippe.
De acordo com o especialista, a inflação é um dos responsáveis pela redução da intenção de consumo desse primeiro trimestre de 2016. Tanto que em relação à percepção sobre a renda, houve uma redução de 1,1% na percepção de melhora e um aumento de 0,9% na sensação de piora.
“Se a sensação de que a renda não compra o mesmo do que o ano anterior vem aumentando, espera-se que tanto o consumo do presente quanto o consumo do futuro sejam afetados”, pontua, acrescentando que a inflação de 2015 foi de 10,71% e que o acumulado nesses três primeiros meses do ano é de 2,62%, segundo o IPCA do IBGE para o Brasil, e de 2,70% no IPC de Alagoas segundo a Seplag.
Em relação ao consumo do presente durante o mês de março, as famílias de Maceió indicaram que consumiram 3,6% menos do que em fevereiro e 9,9% em relação ao início do ano, ou seja, a parcela que indica estar comprando menos aumentou em 5% quando analisamos de janeiro a março. Já sobre o consumo de bens duráveis, há um indicativo de aumento de 9,2% de que esse não é um bom momento para compras.
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