Diante da falta de negociação entre governo e policias civis, em greve há 10 dias, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Washington Luiz, solicitou uma reunião de urgência com representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e do Governo de Alagoas. O encontro está acontecendo na sede do órgão, em mais uma tentativa de por fim ao movimento grevista.

A assessoria do TJ/AL, informou que as partes foram convocadas pouco antes da previsão de início da reunião, marcada inicialmente para às 18h.

A tentativa de intermediação do órgão se dá após a categoria rejeitar a contraproposta feita pelo governo. Os policias civis deliberaram em assembleia realizada na frente do Porto de Maceió, de forma rápida, que a proposta de Renan Filho não condizia com a expectativa diante da pauta com 23 reivindicações. 

A categoria está em greve desde o último dia 18. Desde então foram realizados protestos e outras assembleias. Na última terça-feira (26), os policiais civis decidiram bloquear o acesso ao Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá, gerando um prejuízo de 100 mil dólares a cada dia que os caminhões não conseguem carregar ou descarregar. O TJ/AL já havia determinado o retorno imediato as atividades estipulando multa para o sindicato em caso de descumprimento. Ontem em nova determinação de retorno imediato, o órgão elevou o valor da multa para 10 mil reais. Ainda assim, a categoria resolveu continuar com a paralisação.

Ainda ontem, já a noite, o Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu pela imediata reintegração de posse do Porto de Maceió. Na decisão, o juiz Henrique Gomes de Barros entendeu que o ato praticado pelo Sindpol prejudica não só a capital alagoana, mas as cidades próximas que correm o risco de ficar sem abastecimento de combustíveis.