PGE pede multa diária para cada policial grevista e prisão do presidente do Sindpol

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) encaminhou ao Tribunal de Justiça (TJ) uma solicitação de prisão do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), Josimar Melo, além de um desconto salarial de R$ 500 por dia de greve a cada policial.
O pedido foi entregue ao desembargador Alcides Gusmão, relator do processo que trata do direito de greve dos policiais civis. O delegado geral, Paulo Cerqueira, foi o autor do pedido de ilegalidade da greve dos policiais civis, feito à PGE.
A Procuradoria ainda solicitou ao TJ a retenção do repasse dos valores ao Sindpol como maneira de garantir uma multa diária de R$ 200 mil.
Greve, protestos e tentativas de acordo
Os policiais civis decidiram entrar em greve no dia 18 de abril, após informarem que não conseguiram avançar nas tentativas de negociar com o governo a pauta com 23 reivindicações, sendo as principais o reajuste do salário dos agentes e escrivães, equiparando a 60% do piso de delegado, além de melhores condições de trabalho.
O Tribunal de Justiça de Alagoas determinou por duas vezes o retorno imediato dos policiais grevistas. O desembargador Alcides Gusmão, no primeiro documento estipulou uma multa e como houve descumprimento, na segunda ordem aumentou o valor da multa diária aplicada ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) para 10 mil reais em caso de descumprimento. A ocupação do Porto de Maceió se deu no mesmo dia da segunda determinação do TJ.
Alcides Gusmão havia baseado a nova determinação em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Novo Código do Processo Civil, que ressaltam a importância das atividades dos policiais civis para a segurança pública. Na prática, a categoria não poderia entrar em greve, mesmo mantendo 30% das atividades, o que segundo o desembargador não estaria acontecendo nesta paralisação.
Diante dos transtornos no Porto de Maceió, o Tribunal de Justiça decidiu pela imediata reintegração de posse do Porto de Maceió. O que também não aconteceu.
A categoria realizou uma nova assembleia e, de forma rápida, resolveu rejeitar a contraproposta oferecida pelo Governo de Alagoas mantendo a greve e o bloqueio do Porto. Para os policiais civis, a proposta não atendeu a pauta de reivindicações. O governo afirmou que o reajuste proposto pelos policiais não se encaixava na realidade econômica do Estado. Segundo os representantes do Estado, o reajuste de 60% representaria um reajuste de 172%, o que se tornaria inviável diante da crise enfrentada por estados e municípios.
Novas reuniões foram realizadas entre as partes, após o impacto do bloqueio do Porto, que registrava um prejuízo de 100 mil dólares diários e o desabastecimento dos postos de combustíveis. Governo e sindicato, intermediados pelo TJ, chegaram a sinalizar possíveis acordos e a categoria liberou o Porto. Mas novamente o governador Renan Filho informou que o reajuste causaria transtornos as contas do poder público e negou acordo.
“A Polícia Civil está pleiteando aumento de salário, não há crise na polícia, isso é normal. Mas é preciso entender que a gente não pode fazer aposta agora. Tudo tem que ser checado antes de ser definido. Não a como o estado honrar com 172% de aumento sem que haja atraso de salário de servidores em diversas áreas, sem que haja retrocesso. O momento é extremamente complicado, mas estamos conseguindo passar bem, na medida do possível. Onze estados estão com a folha atrasada. Eu lembro que quando os outros estados começavam a espirrar, Alagoas já estava com pneumonia. Agora não. Agora é diferente. Vamos exaurir o diálogo. É negociar sem gastar”, afirmou o governador.
A categoria decidiu manter a greve, protestou em frente ao Palácio República dos Palmares, sede do governo e acampou em frente a Central de Flagrantes, no Farol.
Últimas notícias

Quatro assaltantes armados são presos por roubo na BR-424, em Rio Largo

Promotora entra com recurso de apelação para aumentar pena de homem que matou ex em Murici

Estudantes brigam dentro de sala de aula em escola estadual em Porto Calvo

'Brasil tem capacidade logística para ampliar exportações', afirma Renan Filho, no Japão

Carlos Cavalcanti assume presidência do Tribunal de Justiça de AL a partir desta quarta (26)

Julgamento de motorista embriagado que causou morte em Pilar ocorre nesta quarta (26)
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
