Brasil conta com 35 mil cadastros para adotar, mas adoções esbarram em perfis estipulados
Amanhã, no Dia Nacional da Adoção, um evento em Maceió discute necessidade na mudança dos perfis
O número surpreende e levanta dúvidas. Atualmente existem 35 mil cadastros para adoções no Brasil e apenas 6 mil crianças e adolescentes cadastradas para serem adotadas. Em uma matemática simples, teoricamente todas as crianças e adolescentes poderiam ter um lar. Mas não é isso que acontece na realidade. Muitos cadastros procuram por bebês ou crianças de até três anos, geralmente meninas brancas. A triste avaliação é feita com base no Cadastro Nacional de Adoção. Um evento para discutir uma mudança na cultura de adoção será realizado amanhã em Maceió, em pleno Dia Nacional da Adoção.
Atualmente a abertura para os interessados em concretizar uma adoção é maior. A processo pode ser feito por casais heterossexuais e homossexuais, e até mesmo por solteiros, desde que em todos os casos eles tenham condições financeiras de manter as família e atendam aos requisitos pessoais, profissionais e psicossociais.
O processo para requerer uma adoção não é complicado. O interessado deve procurar em um primeiro momento a Vara da Infância e Juventude de sua Comarca. No local todas as orientações para a inserção no Cadastro Nacional de Adoção serão repassadas. Com a abertura do processo o requerente deve especificar o perfil da criança que pretende adotar e passa por uma avaliação psicossocial.
“A fase administrativa é rápida, o encaminhamento do processo demora mais um pouco. O prazo para uma adoção segura é de um ano. É preciso, dentro dessa intenção de adoção, fazer um estudo do caso, com acompanhamento de psicólogo e assistentes social para garantir o sucesso da adoção”, explicou o juiz de direito, Carlos Cavalcanti.
Ainda segundo o juiz, a grande dificuldade nesse processo é o perfil escolhido nos cadastros. “Verifica-se muito a questão da pouca idade, muitas vezes só recém nascido, prioridade para o sexo feminino. Só que existem muitas crianças maiores, adolescentes e até grupos de irmãos esperando por uma adoção”.
Nas casas de atendimento de todo o Estado, há aproximadamente 180 crianças e adolescentes. Deste apenas 20 estão no Cadastro Nacional de Adoção, todas sendo adolescentes, um perfil que não costuma ser procurado pelos interessados em adotar.
“Em um primeiro momento, a prioridade é tentar reinserir essa criança ou adolescente em sua família de origem. Apenas quando todas as alternativas são esgotadas sem êxito é que elas são encaminhadas para a adoção”, expos o juiz.
Para discutir todas as questões relacionadas a adoção de crianças e adolescentes, mas principalmente para evidenciar a necessidade de uma mudança na procura por um perfil específico para adotar, é que nesta quarta-feira (25) Dia Nacional da Adoção, acontece na Escola Superior de Magistratura, localizada na Rua Cônego Machado, no Farol, o VI Encontro Estadual de Adoção. O evento é aberto aos especialistas na área, mas também aos interessados em concretizar uma adoção, responsável e com amor, libertando-se de perfis estipulados.
Confira a entrevista concedida pelo juiz de direito, Carlos cavalcanti, ao Programa Tudo de Bom, do Canal 5 - SBT Alagoas.
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